A Renault anunciou nesta terça-feira (21) o fechamento do terceiro turno e a demissão de 747 funcionários que trabalhavam na unidade de São José dos Pinhais (PR).
A medida a montadora francesa a segunda a realizar demissões em massa desde o início da epidemia do novo coronavírus no Brasil. A Nissan, que integra uma aliança mundial com a Renault, também cortou um turno na sua fábrica, em Resende (RJ), no dia 22 de junho, que resultou na saída de 398 trabalhadores.
A direção da companhia queixou-se, em nota, da dificuldade de negociar com os representantes dos trabalhadores. A empresa informou que tanto as propostas de redução salarial e de jornada como a abertura de programa de demissões voluntárias foram rejeitadas em assembleias.
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“Esta medida [corte de funcionários] também está alinhada com o projeto de redução de custos anunciado pelo Grupo Renault em maio, válido para todo o mundo”, comunicou a montadora, em nota.
Renault enfrenta fortes impactos da pandemia
O setor automotivo é um dos maiores afetados pelos impactos da pandemia, em razão da necessidade de paralisação nas atividades, bem como da queda nas vendas. Nesse sentido, o segmento projeta uma baixa de quase 45% na produção de veículos este ano em relação a 2019, para 1,63 milhão de unidades, previsão que no início do ano era de 3 milhões de unidades.
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No início da pandemia, não apenas a Renault, mas praticamente todas as companhias do setor, concederam férias coletivas aos trabalhadores. Posteriormente, as empresas recorreram à Medida Provisória (MP) 936 para reduzir temporariamente salários e jornadas de seus respectivos funcionários. Determinadas montadoras têm mantido parte dos empregados afastada através suspensão temporária de trabalho. Apesar disso, os dirigentes do segmento de automóveis vêm alertando sobre a iminência de demissões.