Renault: conselho avalia “com interesse” proposta da Fiat Chrysler
A Renault comunicou nesta terça-feira (04) que seu conselho precisará de mais tempo para analisar a proposta da fusão com a Fiat Chrysler. Se caso se concretizar, o acordo poderá criar a terceira maior fabricante de automóvel do mundo. O valor de mercado da nova marca seria de US$ 40 bilhões. Segundo o jornal “Dow Jones Newswire”, o conselho voltará a se encontrar na próxima quarta-feira (05).
A fusão seria feita para permitir que as duas empresas enfrentem a queda nas vendas de automóveis. Além disso, a união entre a Fiat e a Renault permitira às montadores lidar melhor com os custos do desenvolvimento de veículos elétricos e autônomos.
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Se caso as montadores entrarem em um acordo, a empresa combinada irá produzir quase 9 milhões de carros de passageiros e picapes por ano. O número só ficaria atrás da Volkswagen e da Toyota, mas à frente da General Motors (GM).
A proposta da Fiat Chrysler tem como objetivo testar a capacidade da indústria de automóveis da Europa de lidar com as rivalidades entre as nacionalidades. No último dia 26 de maio, a Fiat Chrysler enviou aos diretores da Renault uma proposta de fusão. Nos termos do acordo, ambas vão possuir 50% da firma resultante.
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As empresas tem discutido como manter os empregos da Renault na França se caso a fusão se concretizar. Além disso, não se sabe se o governo terá uma representação no conselho da nova empresa. Hoje, o Estado francês detém parte da Renault.
Ademais, uma aliança de 20 anos firmada entre a Renault e Nissan e a Mitsubishi de troca de tecnologia e peças de veículos pode complicar as discussões. A montadora francesa possui 43,4% do capital social da Nissan, enquanto a Nissan possui 15% da Renault.
Fiat tenta convencer governo francês
De acordo com a “Folha de S.Paulo”, a Fiat está oferecendo um dividendo especial, além de garantias de emprego aos funcionários da Renault. Além disso, a proposta da fabricante de veículos coloca o governo francês entre os membros do conselho da nova empresa, que, segundo o grupo FCA, será sediada na França.