As ações da Renault registram uma forte queda em Paris na manhã desta quinta-feira (6). A redução do valor dos papéis ocorre um dia depois que a Fiat Chrysler (FCA) retirou a proposta para a fusão das montadoras.
Assim, as ações da Renault eram negociadas a 52,54 euros às 8h45, o que representa uma desvalorização de 6,6%. Os papéis da Fiat Chrysler seguiam no mesmo sentido. O recuo nos papéis da ítalo-americana atingia os 3% no mesmo horário. Desse modo, em Milão, as ações da montadora eram vendidas a 11,75 euros.
Segundo a empresa ítalo-americana, a desistência se deu principalmente por conta do posicionamento do governo francês. Isso porque, segundo a Fiat, o negócio foi pensado com “termos cuidadosamente equilibrados para oferecer benefícios substanciais a todas as partes”.
Fiat Chrysler retira proposta de fusão com a Renault
A decisão teria sido tomada em uma reunião do conselho de administração da Fiat, em Londres. “Tornou-se claro que as condições políticas na França não existem atualmente para que essa combinação prossiga com sucesso”, indica no comunicado divulgado.
Interferência do governo
O motivo da desistência teria sido um pedido do governo francês para adiar a decisão sobre a fusão entre as montadoras. Isso ocorreu porque o Executivo detém 15% do capital da Renault, e, com isso, queria consultar a Nissan, montadora com quem a Renault tem aliança.
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Após uma reunião, a montadora francesa afirmou que tinha interesse no negócio. Porém, salientou que “não pôde tomar uma decisão devido ao pedido expresso dos representantes do estado francês para adiar a votação para um conselho posterior”.
Anteriormente, o governo da França tinha declarado apoio à fusão. Contudo, a Fiat deveria cumprir com algumas condições como:
- preservar os empregos;
- manter os locais industriais na França;
- proteger a aliança com a Nissan;
- assinar um projeto europeu de fabricação de baterias.
Fusão Renault-Fiat
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A proposta de fusão apresentada pela FCA representaria um negócio de US$ 35 bilhões. A união com a Renault criaria o terceiro maior produtor de automóveis do mundo, com 15 milhões de veículos vendidos por ano, resultando em um grupo formado com 50% de participação para cada lado.
O principal objetivo da fusão entre Fiat e a Renault seria a união de forças para lidar com as dificuldades estruturais que o mercado global de automotivos deve enfrentar no futuro.