Remdesivir, droga para tratamento do coronavírus, será testada em agosto
A Gilead (NASDAQ: GILD) anunciou nesta segunda-feira (22) que em breve iniciará estudos clínicos com seu medicamento para coronavírus (covid-19), Remdesivir. O novo remédio será administrado por via inalatória por indivíduos com covid-19 que não estão hospitalizados.
Atualmente, o Remdesivir, usado no tratamento de pacientes em estado grave de coronavírus, é administrado por via intravenosa, o que limita seu uso ao hospital. No entanto, uma formulação inalada do medicamento pode permitir que a droga seja usada por pacientes com sintomas que não são graves o suficiente para exigir hospitalização.
Os estudos fazem parte do objetivo da Gilead e outros pesquisadores para aumentar a eficácia do Remdesivir, dando-o aos pacientes no início da doença e combinando-o com medicamentos anti-inflamatórios que reduzem a resposta imune em alguns casos muito severos.
O CEO da Gilead, Daniel O’Day, explicou, em uma carta aberta publicada no site da empresa, a importância do medicamento.”Para pacientes com alto risco de progressão da doença, pode ser particularmente benéfico iniciar o tratamento fora do hospital. Nossa esperança é que o uso do Remdesivir, desde o início do tratamento, possa ajudar os pacientes a evitar completamente a hospitalização.”
Como funciona o Remdesivir?
O Remdesivir é um medicamento antiviral que ajuda a impedir que o vírus se replique dentro do corpo, processo pelo qual ele domina e destrói células saudáveis. A agência reguladora do mercado alimentício dos EUA, Food and Drug Administration, concedeu uma autorização provisória para o uso emergencial da droga no dia primeiro de maio.
Uma formulação inalada seria administrada com um dispositivo nebulizador que cria uma névoa que os pacientes inalam através de uma máscara. Os nebulizadores são usados para administrar medicamentos para outras doenças pulmonares, incluindo asma e fibrose cística.
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Adicionalmente, a Gilead alerta que essa mudança no Remdesivir provavelmente levará pelo menos alguns meses, pois é necessário determinar se a nova formulação é segura e eficaz.