O crescimento econômico do Reino Unido em 2018 foi o mais fraco desde 2012. O Produto Interno Bruto (PIB) do britânico cresceu apenas 1,4% o ano passado. E a produção industrial continua se contraindo.
Em 2017, o PIB do Reino Unido tinha crescido de 1,8%. Em 2015, antes do referendum do Brexit, a saída de Londres da União Europeia (UE), o PIB britânico tinha crescido 2,3%.
Nos últimos três meses do ano passado a economia britânica desacelerou. O crescimento do PIB no quarto trimestre de 2018 caiu para 0,2%, do 0,6% registrado no trimestre anterior.
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Entre as causas dessa redução do ritmo de crescimento estão as preocupações com o Brexit, que afetaram os investimentos. Muitas empresas temem uma saída sem acordo do bloco europeu no dia 29 de março, que poderia ter consequências graves para a economia britânica. Além disso, as exportações sofreram por causa do clima de incerteza internacional.
Por sua vez, a produção industrial do Reino Unido se reduziu de 0,5% em dezembro em relação a novembro. Entre os principais produtos afetados estão a fabricação de carros e de produtos siderúrgicos. Um resultado que contrariou as projeções dos analistas, que previam um aumento de 0,2% na produção industrial do país.
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Também em dezembro a indústria britânica registrou uma contração de 0,9%. Entretanto, a diminuição da produção industrial foi menor do que se esperava, já que as projeções eram de uma perda de 1,5%
Em comparação anual, a produção industrial diminuiu 2,1% em janeiro.
Banco da Inglaterra corta previsões de crescimento
Em previsão dos resultados negativos, o Banco da Inglaterra cortou sua previsão de crescimento para 2019. Segundo o banco central britânico, a economia nacional poderia entrar em recessão no meio do ano por conta das incertezas do Brexit.
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Na última sexta-feira (8), 0 presidente do Banco da Inglaterra, Mark Carney, culpou a “neblina do Brexit” pela redução do crescimento da economia britânica.
Para Carney, a nuvem de incertezas em torno da saída do Reino Unido da UE está causando volatilidade de curto prazo nos dados econômicos. Além disso, segundo o banqueiro central britânico, ainda “mais fundamental, criando uma série de tensões na economia, tensões para os negócios”.
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