Reino Unido deixará de participar da maioria das reuniões da UE
O governo do Reino Unido anunciou nesta terça-feira (20) que deixará de participar das reuniões da União Europeia a partir do dia 1º de setembro.
Segundo o governo do primeiro ministro britânico, Boris Johnson, o Reino Unido só participará de reuniões de interesse nacional, como questões de segurança, por exemplo.
“De agora em diante, só participaremos de reuniões que realmente importam, reduzindo a participação de mais da metade e economizando centenas de horas”, disse o ministro do Brexit, Steve Barclay.
Barclay ressaltou que a medida é um reflexo da saída do Estado soberano da União Europeia, que ocorrerá no dia 31 de outubro.
“Esta decisão reflete o fato de que a saída do Reino Unido da UE em 31 de outubro está agora muito próxima e muitos dos debates nas reuniões da UE serão sobre o futuro da união após a saída”, afirmou o ministro.
União Europeia está pronta para saída do Reino Unido
A Comissão Europeia afirmou que o bloco já está pronto para que não haja acordo no Brexit.
A porta-voz da Comissão Europeia, Natasha Bertaud, ressaltou que a saída sem acordo não é o cenário favorito do bloco. No entanto, segundo a comissão, o Reino Unido sofrerá mais com as consequências da saída do que a própria UE.
Conforme os dados publicados pelo jornal britânico “Sunday Times”, com a saída do bloco, as consequências incluem falta de combustível, alimentos e de medicação.
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O jornal teve acesso às informações de documentos secretos do governo britânico. Contudo, apoiadores do Brexit contestam que esses documentos evidenciam “o pior cenário possível”.
Reunião entre representantes
Nesta semana, Boris Johnson se reunirá com o presidente da França, Emmanuel Macron, e com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel.
Segundo uma porta-voz britânica, a saída da nação do bloco será o principal assunto da reunião.
“É provável que eles discutam outros temas: política externa, segurança etc. Mas é claro que o Brexit será um tema chave”, disse a porta-voz do Reino Unido.