Reino Unido deve aprovar vacina da Pfizer em poucos dias
O Reino Unido deve conceder a aprovação à vacina da Pfizer em poucos dias, o que tornaria o país o primeiro dar um aval para um imunizante contra a covid-19 testado em larga escala.
Segundo o jornal Financial Times, o governo britânico encomendou 40 milhões de doses da vacina da Pfizer, desenvolvida em conjunto com o laboratório BioNTech, que se mostrou 95% eficaz contra o novo coronavírus, de acordo com dados preliminares divulgados há três semanas.
As entregas do produto teriam início poucas horas depois do sinal verde, disseram funcionários do governo ao jornal. Nesse sentido, o processo de vacinação poderia começar a partir de 7 de dezembro.
Os imunizantes seriam normalmente autorizados pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla me inglês) até o final da transição do Brexit até 31 de dezembro. No entanto, a Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido detém o poder de autorizar temporariamente os produtos, em casos de necessidade pública urgente.
Em agosto deste ano, a Rússia aprovou uma vacina experimental contra a covid-19, porém a decisão não foi baseada em uma pesquisa larga, tampouco em grandes quantidades de dados.
Processo para vacina da Pfizer poderia aplicado a outros produtos
O mesmo processo usado para aprovar a vacina da Pfizer poderia ter aplicado a outros imunizantes como da AstraZeneca e da Universidade de Oxford. Na sexta-feira (27), o governo britânico solicitou ao órgão regulador para que exame a vacina inglesa.
Neste momento, após meses de espera por uma vacina, os órgãos reguladores enfrentam a difícil tarefa de balancear a necessidade de saúde pública com o imperativo de projetar confiança em vacina seguras e eficazes contra a covid-19.
Se concedida a aprovação, a vacina da Pfizer se tornará a primeira vacina licenciada a usar a tecnologia de mRNA. O produto também deverá receber cuidado extra, pois deve ser armazenado a cerca de -70 °C durante o transporte, e só poderá ser mantida em uma geladeira por no máximo cinco dias antes de ser administrado.