O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), informou ao Estadão que a votação da reforma tributária continua marcada para a primeira semana de julho. Após especulações de um adiamento no calendário de alguns setores, como o varejista, Lira se manifestou dizendo que essas especulações de atraso não são verdadeiras.
“A reforma já teve discussão em todos os âmbitos e precisa agora do texto (parecer)”, disse, reforçando que o prazo de 15 dias para que o texto possa ser criticado e negociado é suficiente até a votação da reforma tributária.
Na próxima semana, Lira tem uma viagem marcada para a abertura do Fórum Jurídico de Lisboa, em Portugal. O presidente da Câmara salientou que esse evento não atrapalha as negociações da reforma e nem atrasa o calendário. “Vou chegar para ajustar a parte política”, afirmou.
Por pressão de parlamentas, desde a tarde de sexta-feira (16), foram nutridos rumores de que a reforma seria adiada para agosto. A demora na apresentação pelo relator, do substitutivo da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45 da reforma tributária foi um dos motivos.
Parlamentares, governadores, prefeitos e empresários cobram mais detalhes da proposta, como o deputado Domingos Sávio (PL-MG), Presidente da Frente do Comércio e Serviços. Sávio compõe o grupo que defende que a proposta seja apresentada agora e a votação aconteça na volta do recesso parlamentar de julho, somente no segundo semestre.
“Não dá para uma reforma tributária, que pode impactar a economia por meio século, ser apresentada na hora de votar. Essa é a maior preocupação tanto de deputados da oposição quanto de governistas da frente do comércio”, afirmou o parlamentar.
Com informações de Estadão Conteúdo.