Reforma tributária pode incluir desoneração da folha de pagamento

O relator da reforma tributária na Câmara dos Deputados, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), avalia incluir no texto a desoneração da folha de pagamento para as empresas que pagam entre 1 a 1,5 salário mínimo aos funcionários.

Conforme as informações publicadas pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, se a proposta for aprovada na reforma tributária, as empresas que se encaixam no quesito terão redução nos impostos que pagam sobre o salário dos funcionários.

A medida está sendo analisada pela equipe técnica que elabora a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 45, realizada pelo deputado Baleia Rossi (MDB-SP).

A proposta de desoneração de pagamentos não faz parte do texto original, elaborado pelo economista Bernard Appy. No entanto, a equipe econômica do governo federal acredita que a medida é uma forma de combater o desemprego.

“O custo do emprego no Brasil é exorbitante. Com a desoneração, ajudamos as empresas a gerar mais empregos”, afirmou Ribeiro.

Para compensar a perda na arrecadação dos impostos, caso a proposta seja aprovada, o aumento da alíquota do Imposto de Renda para quem ganha mais é uma das alternativas. Com isso, as pessoas com maior renda pagariam impostos proporcionais ao valor.

Guedes fala sobre a desoneração da folha de pagamento

Na última sexta-feira (27), o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a alta carga tributária e os encargos trabalhistas contribuíram para a desaceleração econômica neste ano.

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Segundo Guedes, esses pontos contribuíram para a diminuição do desemprego. A desoneração da folha e pagamento foi apontada como uma das alternativas para melhorar o desenvolvimento econômico do País.

“Os encargos trabalhistas são os mais cruéis que o Brasil tem. Esses encargos trabalhistas são perversos, criaram desemprego em massa no Brasil. Estamos estudando alternativas”, disse o ministro.

Tributação de dividendos na reforma tributária

A tributação de dividendos na reforma tributária, alternativa para compensar a perda dos impostos da folha de pagamento, já era considerada pelo governo federal.

O governo passou considerar a medida, após o veto do presidente sobre a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

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De acordo com estudos da Receita Federal, os contribuintes que se encontram no topo da pirâmide são os que atualmente pagam menos impostos. Dessa forma, a nova reforma tributária tem como foco tributação sobre os que possuem maior capital.

Com a demissão de Marcos Cintra, após a tentativa de criar um imposto semelhante a CPMF, o governo estuda novas maneiras de arrecadar recursos para acrescentar ao texto da reforma tributária.

Giovanna Oliveira

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