Para 74% do mercado, o sistema tributário que está saindo da reforma que se encontra em fase final no Congresso Nacional é melhor que o atual, segundo pesquisa da Genial/Quaest. Outros 12% acreditam que nada vai mudar com a reforma tributária. Já 14% acham que o novo sistema tributário será pior.
O levantamento foi realizado com 100 gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão das maiores casas de investimento do Rio de Janeiro e de São Paulo, entre os dias 16 e 21 de novembro, divulgada nesta quarta-feira (22). A nota média dada à reforma pelos entrevistados foi de 5,3.
A maioria dos entrevistados, 73%, considera que as alterações feitas no texto da reforma pelo Senado pioraram o texto enviado pela Câmara. No sentido oposto, para 27% dos participantes da pesquisa, o Senado melhorou a versão da Câmara.
Em relação a quais propostas tornam a reforma melhor que o sistema tributário atual, 50% disseram que é a simplificação e a transparência. A diminuição da guerra fiscal entre os Estados foi apontada por 26% dos entrevistados; desoneração industrial por 15%; redução da desigualdade por 5%; aumento da arrecadação por 3%, e desoneração tributária por 1%.
Do universo ouvido na pesquisa, 68% acreditam que a reforma tributária será concluída ainda neste ano e 32% não alimentam esta crença.
Haddad diz não ter dúvida de que reforma tributária será promulgada neste ano
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou nesta terça-feira (21), que a proposta da reforma tributária será promulgada ainda neste ano.
Após alterações feitas no texto pelo Senado, a PEC precisa de uma reavaliação da Câmara dos Deputados, mas a expectativa é de que o processo para promulgação seja concluído em 2023.
“Vai ser promulgada nesse ano, não tenho dúvida”, disse o ministro ao participar do quadro Conversa com o Presidente, transmitido ao vivo nas redes do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no período da manhã desta terça.
No programa, Lula e Haddad voltaram a elogiar o trabalho dos relatores da proposta na Câmara e no Senado, que classificaram como essencial para o andamento da reforma.
O presidente Lula também fez menção especial a atuação de Haddad, de ministros palacianos e das lideranças do governo no Congresso na pauta.
“Desenrolam todo dia um problema”, disse ele, fazendo um paralelo com o programa de renegociação de dívidas montando pelo governo, o tema principal explorado na live com Lula e Haddad.
O ministro da Fazenda ainda voltou a ressaltar que o andamento da reforma era alvo de ceticismo no mercado, uma vez que a proposta de alteração no sistema tributário é discutida há 40 anos.
“Eu ia nos bancos, empresários, me falavam que era luta perdida”, lembrou o ministro Haddad sobre reforma tributária.
*Com informações de Estadão Conteúdo