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Reforma da Previdência: governo estima 8 mi de empregos em 4 anos

O Brasil deverá ter oito milhões de empregos a mais em quatro anos (2020 à 2023), caso seja aprovada a reforma da Previdência Social. Os dados foram divulgados na última sexta-feira (22), pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia.

De acordo o secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, caso não haja a reforma da Previdência, o rombo previdenciário continuará aumentando e gerando ainda mais déficits nas contas públicas. Em 2018, o déficit somou R$ 290,2 bilhões.

Conforme os dados divulgados, a renda per capta do brasileiro subirá para R$ 5,772, caso a proposta seja aceita.

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Bases do estudo

Os número foram encontrados após o estudo comparar os efeitos da aprovação da reforma sobre o crescimento da economia. No entanto, os cálculos mostram diferenças crescentes no Produto Interno Bruto (PIB) no cenário com e sem aprovação das medidas.

Sem aprovação

Sem a aprovação, o país teria um crescimento econômico de 0,8% em 2019. Em 2020, a economia entraria em recessão, mesmo fechando com a expansão de 0,3%. No entanto, os demais anos registrariam recuo da economia, sendo:

Com aprovação

Caso a reforma seja aprovada, o PIB teria uma alta de 2,9% em 2019,2020 e 2021. Além disso, registraria novas altas em 2022 e 2023, desta vez de 3,3%.

Aprovação parcial

Além disso, o estudo também trabalhou com um cenário intermediário. Nesse caso, foi avaliada uma aprovação parcial da reforma, nas condições previstas pelas instituições financeiras, chamada de “consenso de mercado”.

Dessa forma, o PIB registraria:

Com isso, a renda per capta teria um crescimento menor, chegando em 2023 com R$ 4.642.

Reforma da Previdência

A proposta deve gerar economia de R$ 189 bilhões em quatro anos e R$ 1,164 trilhão em dez anos. Paulo Guedes já havia sinalizado que a reforma poderia gerar economia de até R$ 1 trilhão em dez anos.

Confira abaixo outros pontos da reforma da Previdência:

Idade mínima

A regra geral para aposentadoria por idade, na nova proposta, definiu a idade mínima de 62 anos para mulheres e 65 para homens. A contribuição mínima é de 20 anos. O presidente já havia sinalizado esses pontos.

Não há mais a possibilidade de se aposentar por tempo de contribuição mínima.

Nas demais categorias, as regras são:

Reforma para as Forças Armadas

Uma reforma específica para as Forças Armadas ficaram de fora da proposta da reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro.

O secretário de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, afirmou que uma segunda proposta abordando os militares será enviada ao Congresso em 30 dias.

Entretanto, a proposta atual já prevê que os militares da Reserva passarão a poder trabalhar em atividade civil. Além disso, pela atual proposta de reforma da Previdência, policiais e bombeiros militares terão as mesmas regras das Forças Armadas.

As duas regras de transição atingirão a população conforme as seguintes regras:

“Quem está a dois anos de cumprir o tempo de contribuição mínimo para aposentadoria – 30 anos, se mulher, e 35, se homem – poderá optar pela
aposentadoria sem idade mínima, aplicando-se o Fator Previdenciário, após cumprir pedágio de 50% sobre o tempo faltante”, diz o documento apresentado aos parlamentares.

Saiba mais – Reforma da Previdência é entregue ao Congresso Nacional 

Regra de transição

A aposentadoria por tempo de contribuição para o setor privado (INSS). Serão três regras de transição e o trabalhador poderá optar pela forma mais vantajosa.

Sistema de Capitalização

A estrutura do sistema de capitalização da nova PEC da reforma da Previdência não tem especificados os seus parâmetros. A apresentação apenas informa que:

Alíquotas

As alíquotas pagas pelos trabalhadores também sofrerão alterações, de acordo com o texto apresentado ao Congresso Nacional na manhã desta quarta-feira.

Confira abaixo o regime geral atual, de acordo com os ganhos do trabalhador:

Confira abaixo as novas regras da PEC formulada pelo governo Bolsonaro, de acordo com os ganhos do trabalhador:

Por conta de ser um PEC, a reforma da Previdência será votada em dois turnos (um na Câmara e outro no Senado).

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