Reforma da Previdência: a bola está com o Congresso, diz Paulo Guedes
Após cancelar sua ida a encontro na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) da Câmara na última terça (26), o ministro da Economia, Paulo Guedes, esteve nesta quarta (27) na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado para defender a reforma da Previdência.
O ministro falou por mais de trinta minutos sobre a importância da reforma da Previdência e da descentralização dos recursos, hoje concentrados na União. Guedes disse que a classe política está “convidada a assumir o protagonismo” na aprovação do projeto. “A bola está com o Congresso”.
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Guedes afirmou que o ideal seria a aprovação de uma reforma que economizasse R$ 1 trilhão das contas públicas em dez anos, tal qual o projeto original estima poupar. Mas, se aprovado um projeto menos rígido, a conta recairia no futuro sobre o País novamente.
“Se não fizermos, não tem problema. Se não fizermos, vamos condenar nossos filhos e netos, por nosso egoísmo, nossa incapacidade de fazer um sacrifício”, declarou.
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Ele também falou sobre o chamado pacto federativo – uma distribuição maior de recursos para os entes da federação. Atualmente, 70% fica com a União, e 30% é destinado aos estados e municípios. O ministro quer inverter essa proporção, deixando 70% da arrecadação com entes estaduais e municipais, enquanto o restante ficaria sob cargo do governo federal.
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Após ficar sem a presença de Guedes na reunião da terça, a CCJ convidou novamente o ministro a falar sobre a reforma da Previdência na próxima semana. A Comissão é a primeira etapa da aprovação do projeto, onde a constitucionalidade do texto será analisada pelos deputados para, então, seguir a uma comissão especial. Depois disso, segue para o plenário da Câmara.