Chance de reforma da Previdência ser aprovada é alta, diz Mansueto

Para o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, a reforma da Previdência tem alta chance de ser aprovada em 2019.

Mansueto disse a jornalistas nesta quarta-feira (12), em evento na FecomercioSP, que o debate em torno da aprovação da reforma da Previdência está “muito maduro”. Ele deve ser mantido no cargo pelo presidente eleito Jair Bolsonaro no ano que vem.

O secretário disse existir concordância a respeito de alguns pontos do projeto. Um deles é o estabelecimento de uma idade mínima para se aposentar. Além disso, segundo ele, a implementação de uma regra de transição e mudanças no caso de acúmulo de aposentadorias e pensões também encontram consenso.

No entanto, Mansueto diz  que essa concordância de ideias a respeito da Previdência não está contemplada na sociedade. Citou a idade mínima e a regra de transição como mudanças que ainda não têm aprovação geral da população.

Na mesma linha de Mansueto Almeida está Paulo Guedes, o futuro ministro da Economia do governo Bolsonaro. Ele disse que a prioridade é a reforma da Previdência. “O segundo item será o controle de gastos públicos”, afirmou.

Fatiamento da reforma

Ao contrário do que declarou o atual ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, a opinião de Mansueto vai ao encontro de Jair Bolsonaro. O secretário do Tesouro Nacional disse não ver “problema alguma com o fatiamento”. Isto é, aprovar partes do projeto separadamente pode ser uma opção.

Saiba mais: Bolsonaro diz que reforma da Previdência pode ser fatiada

“Há uma grande possibilidade de se aprovar a reforma da Previdência em 2019. Até porque se não houver reforma, não haverá ajuste fiscal”, afirmou Mansueto.

O Ministério da Fazenda havia recomendado elevar impostos caso a reforma da Previdência não fosse aprovada, mas Mansueto Almeida não quis se comprometer. Disse que o governo de Jair Bolsonaro deixou claro que não quer aumentar a tributação. Portanto, a saída, para o secretário, é conseguir cumprir o teto de gastos. Assim pode se chegar a uma arrecadação maior do que as despesas.

Guilherme Caetano

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