Reforma da Previdência: MDB informa que não apoia três pontos do texto
A maior bancada no Senado, e sexta maior na Câmara Federal, o MDB, anunciou nesta quinta-feira (2) ser desfavorável a três pontos do texto da reforma da Previdência. A publicação foi feita por redes sociais.
Confira abaixo os três pontos mencionados pelo MDB e que foram desaprovados pelo partido na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da reforma da Previdência:
- alterações na aposentadoria rural;
- alterações no Benefício de Prestação Continuada (BPC);
- e a retirada da aposentadoria especial para os professores
Em adendo, o partido também informou que irá “discutir e modular” com o governo:
- pensão por morte;
- aposentadorias especiais;
- novas alíquotas de contribuição;
- e restituição do abono salarial.
Por fim, o MDB listou as medidas apoiadas que estão presentes na PEC:
- idade mínima;
- aposentadoria por tempo de contribuição;
- revisão de aposentadoria por invalidez;
- e redução de despesa da Previdência.
São 13 senadores e 24 deputados do MDB no Congresso Nacional. O apoio do partido é considerado relevante para o governo do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL).
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Jucá e Bolsonaro discutiram reforma da Previdência
Em 5 de abril, Bolsonaro recebeu o presidente do MDB, Romero Jucá, além de outras lideranças partidárias. O encontro foi impulsionado pela pressão do chefe da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), para que Bolsonaro assumisse uma posição mais ativa na articulação para aprovação da reforma da Previdência.
Após o encontro, Jucá informou à Imprensa que Bolsonaro “terminou concordando que o que vale é a boa política e, portanto, tachar de velha ou nova é um desserviço”.
A fala faz referência a um dos lemas da campanha eleitoral do presidente da República. O pesselista fez repetidas críticas à “velha política” brasileira.
“O MDB não quer ser base, o MDB quer ter uma agenda, nós queremos mais, queremos ter o resultado do trabalho conjunto entre MDB e o governo […] Ser base é ficar numa posição de lado, na minha avaliação, estamos um passo além”, afirmou Jucá.
A reforma da Previdência passa pela comissão especial da Câmara, após aprovação na Comissão de Constituição de Justiça e Cidadania. O presidente da comissão, deputado Marcelo Ramos (PR), afirmou na última terça-feira (30) que espera que a PEC seja votada em junho, para então seguir ao plenário.