O governo federal postergou nesta quarta-feira (19) o envio da proposta de reforma administrativa para o Congresso Nacional. O presidente da República Jair Bolsonaro havia prometido enviar o texto até a próxima quinta-feira (20).
O Ministro da Economia, Paulo Guedes, tem exercido pressão sobre os outros membros do governo para que a proposta seja encaminhada o quanto antes. O texto da reforma administrativa foi elaborado pela equipe econômica já no ano passado, porém não foi enviada ao Legislativo.
Apesar de não mudar a estabilidade, a reforma administrativa deve alterar o regime de contratação e planos de carreira do serviço público.
A reforma deverá ser enviada para o Congresso depois do Carnaval. O presidente tinha declarado na última terça-feira (18) que iria estudar a reforma administrativa a “noite toda”.
Reforma administrativa e o debate acerca de Guedes
O tema da reforma não tomou toda a atenção do presidente. O governo está sob forte pressão em razão de recentes falas do ministro Guedes.
Quando perguntado, Bolsonaro se recusou a comentar o que havia dito em discurso sobre o caso do ministro da Economia. “É só ouvir o vídeo aí”, voltando-se aos jornalistas.
Saiba mais: Bolsonaro: vou estudar a reforma administrativa a noite toda hoje
Bolsonaro saiu em defesa de Guedes durante seu discurso. O presidente afirmou que ele “continuará no governo até o último dia”. Disse ainda que o ministro sofre ataques, muito mais pela sua competência do que pelos pequenos deslizes, que eu já cometi muitos no passado”.
Defendeu Guedes declarando que permanecerá no governo “até o último dia”. O presidente salientou que o governo devem muito à capacidade de Guedes, e por isso continuará no Executivo até o final do mandato.
“Se o Paulo Guedes tem problemas pontuais, como todos nós temos, e sofre ataques, é muito mais pela sua competência do que pelos possíveis pequenos deslizes, que eu já cometi muitos no passado”, argumentou Bolsonaro.
De acordo com o presidente, a reforma administrativa vai mexer com critérios de estabilidade para os futuros servidores. Assim como os salários, o governo não modificará critérios para servidores na ativa.