Reforma administrativa está “pronta desde o começo do ano”, diz Mourão
O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, declarou nesta quinta-feira (13) que a reforma administrativa está “pronta” desde o início deste ano e envio ao Congresso só depende da “decisão política” do presidente Jair Bolsonaro.
Mourão ainda afirmou, em entrevista na entrada de seu gabinete, acreditar que o texto deverá contar com a “boa vontade” dos parlamentares.
“A reforma está pronta, ela está pronta desde o começo do ano. Compete ao presidente, por meio de uma decisão política, remetê-la ao Congresso. Acho que o Congresso está com boa vontade para receber essa reforma e trabalhar nela”, declarou o vice-presidente.
Câmara está pronta para discutir reforma administrativa, diz Maia
No mesmo sentido, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou na última quarta-feira (13) que a casa está pronta para debater o tema.
O general ainda comunicou sua visão de que debate simultâneo das reformas administrativa e tributária dependerá da vontade de deputados e senadores. “Isso tudo depende da vontade dos nossos parlamentares, foi o que o presidente Bolsonaro falou ontem quando se referiu a questão de ano eleitoral. Você sabe que os nossos parlamentares têm as suas bases, eles buscam construir eleição de prefeitos e vereadores, que depois vão contribuir para a reeleição deles no futuro”, avaliou.
Quando perguntado sobre a reunião de Bolsonaro com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, o general voltou a reiterar seu apoio ao equilíbrio fiscal.
“O país sem equilíbrio fiscal, ele não consegue prosperar. O nosso país, ao longo dos últimos anos, vem com déficit primário grande e um déficit nominal maior ainda, já nos endividamos de tal forma que já ficou em uma relação perigosa em relação ao que a gente produz aqui no país”, afirmou Mourão.
“Então nosso governo não pode dar passos em falso e trazer de volta as consequências de um desequilíbrio grande, que são inflação, juros altos. A gente não pode dar margem a isso”, acrescentou o vice-presidente.
Na última terça-feira, o governo anunciou o adiamento do envio da proposta da reforma administrativa ao Congresso Nacional para 2021. De acordo com o jornal “O Globo”, o Planalto, irá aguardar o resultado das eleições para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado.