Reforma administrativa será enviada em até 2 semanas, diz Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou, nesta quinta-feira (30), que a reforma administrativa será enviada ao Congresso em até duas semanas.

Os atuais funcionários públicos não deverão ser afetados pelo projeto. “Acho que é a mais simples de aprovar [a reforma administrativa] porque não atinge os direitos atuais. Agora, se a gente começar a ouvir a opinião pública e turbinar um pouco a proposta, e incluir a meritocracia para os atuais, aí pode ser que tenha oposição, mas de novo eu delego isso para a classe política”, afirmou Guedes durante um evento realizado em São Paulo.

De acordo com Guedes, o presidente Jair Bolsonaro prometeu enviar o texto da reforma administrativa assim que o Congresso retornar do recesso.

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Sobre a reforma administrativa não ter sido realizada no ano passado, Guedes tirou a culpa dos ombros de Bolsonaro. “O presidente nunca foi contra a reforma administrativa, o que ele fez foi uma questão de timing, de estratégia. E ele agora quer atender o pedido do presidente da Câmara”, afirmou o ministro.

Na última quarta-feira (29), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse estar otimista com a velocidade em que estavam tramitando as reformas administrativas e tributárias, porém afirmou não ter “culpa se o governo ainda não enviou a reforma”.

Fala de Guedes vai de encontro a de Bolsonaro

No início deste ano, Bolsonaro declarou que a proposta de reforma administrativa deveria chegar ao Congresso Nacional em fevereiro. O mandatário disse que o projeto não iria implicar na estabilidade de servidores atuais, mas pode mexer nas regras sobre novos funcionários do setor de serviço público.

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“A gente não pode apresentar um projeto neste sentido (que altera regras sobre estabilidade de servidores atuais) porque muita gente vai dizer que está quebrando a estabilidade de 12 milhões de servidores. A gente não quer esse impacto negativo na sociedade, né, que seria mais um fake news, uma mentira, mas que pode ter reflexos negativos para o Brasil como um todo”, disse o presidente da República sobre a reforma administrativa, em frente ao Palácio da Alvorada.

Juliano Passaro

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