Petróleo e extração puxam IPP que tem alta de 0,43% em fevereiro

Os preços da indústria tiveram uma alta de 0,43% em fevereiro, após registrar queda de 0,75% em janeiro, de acordo com os dados do índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A alta dos preços da indústria em fevereiro foi impulsionado pelas setores extrativos e também os de refino de petróleo. No acumulado do ano, o IPP mostra uma queda de 0,33%. No entanto, em 12 meses a alta é de 8,36%.

Apesar da alta, apenas 11 das 24 atividades registraram aumento em fevereiro. No entanto, dentre elas, as que possuem mais variações são:

  • Indústrias extrativas: +7,97
  • Refino de petróleo e produtos de álcool: +4,22%
  • Farmacêutica: +1,48%
  • Outros produtos químicos: -1,85%

Para o analista do IPP, Manuel Campos, “o resultado foi bem marcado por duas atividades: indústrias extrativas e refino de petróleo, que, juntas, influenciaram o índice em 0,71%, com destaque na fabricação de minérios de ferro e óleos brutos de petróleo”.

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Em contrapartida, o setor de alimentos impactou diretamente o índice. Seu recuo individual de -0,53% atingiu o IPP em -0,12%, segurando a taxa do mês.

“A queda foi pressionada pelos preços da carne bovina e da soja, muito em função da baixa do dólar, pois são de exportação”, afirmou o analista

Variação das principais categorias em fevereiro

  • Bens de Capital: +0,23%
  • Bens Intermediários: +0,64%
  • Bens de Consumo: +0,16%
  • Bens de consumo duráveis: +0,18%
  • Bens de consumo semiduráveis e não duráveis: +0,16

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A pesquisa do IBGE mede a variação dos preços na “porta das fábricas”. Dessa forma, não são calculados impostos e nem frete.

O IBGE atualizou a amostra e as ponderações do IPP com base nos dados da última Pesquisa Industrial Anual (PIA), de 2016. A base de pesquisa investiga 416 produtos de 2.070 empresas.

Renan Bandeira

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