O resultado de 2020 da Caixa Econômica Federal foi impactado pela redução dos juros, pela covid-19 e pela perda de receita com a que recebe para gerir os recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), conforme informou o presidente do banco, Pedro Guimarães, nesta quinta-feira (18).
Em teleconferência com a imprensa, para comentar os resultados de 2020, o executivo da Caixa declarou: “tivemos uma redução muito forte de receita com a gestão do FGTS, de R$ 2,2 bilhões no ano passado, em termos de lucro, que foi de R$ 13,2 bilhões”.
No ano passado, a Caixa aceitou cortar o quanto cobra para gerir o FGTS em troca de manter o monopólio do serviço. A taxa foi diminuída pela metade, passando a ser de 1% em janeiro de 2020.
Caixa Econômica lucra R$ 5,7 bilhões no 4T20, avanço de 200% no trimestre
A Caixa Econômica Federal obteve um lucro líquido de R$ 5,7 bilhões no quarto trimestre de 2020, uma alta de 200% sobre o terceiro trimestre do mesmo ano. Em comparação ao mesmo período de 2019, o crescimento é de 15,8%. As informações foram reveladas pela instituição estatal nesta quinta-feira (18).
O lucro líquido do ano foi de R$ 13,16 bilhões, uma queda de 37,5% na comparação com 2019. A margem financeira da Caixa Econômica, no quarto trimestre, alcançou R$ 10,6 bilhões, um crescimento de 10,8% se comparado com o trimestre anterior.
O avanço da margem ocorreu em consequência da alta de 8,4% nas receitas das operações de crédito, além da redução de 7,6% nas despesas com recursos de clientes e de 3,2% nas despesas com recursos de instituições.
O Retorno sobre Patrimônio Líquido (ROE) totalizou 15,18% no quarto trimestre, contra 14,20% dos três meses imediatamente anteriores, e 26,13% do quarto trimestre de 2019. O índice de Basileia da estatal chegou a 17,62%, de 17,81% e 18,96%, respectivamente.
As Provisões para Devedores Duvidosos (PDD) ficaram em R$ 2,63 bilhões entre outubro e dezembro do ano passado, uma baixa de 28,2% ante o terceiro trimestre. O montante, contudo, é 63,9% superior ao quarto trimestre de 2019, ainda refletindo as incertezas trazidas pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
A inadimplência ficou em 1,73% em dezembro, de 1,87% em setembro e 2,17% no último mês do ano anterior, informou a Caixa Econômica.
Com informações do Estadão Conteúdo