A Rede D’Or (RDOR3) está na mira do Itaú BBA. O banco de investimento passou a cobrir a empresa, que protagonizou um dos maiores IPOs da história do Brasil no fim do ano passado, com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 88. O upside é de 27%.
A tese do Itaú BBA é pautada no “histórico impressionante de crescimento”, alinhado à lucratividade da empresa. A Rede D’Or se destaca por isso, tanto de forma orgânica como em aquisições, e a expectativa é que isso continue no curto prazo, disse o banco.
A instituição estima um crescimento anualizado do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 24% entre 2021 e 2025, incluindo os M&As. “É o ecossistema provedor de saúde mais eficiente e completo do País.”
Segundo o banco, a ideia é que a relação com os clientes melhore ainda mais, por meio da expansão do portfólio de produtos, o que deve dar um gás ao crescimento. O BBA estima que no curto prazo, a Rede D’Or deva adicionar cerca de 8,1 mil novos leitos, sendo que metade vem junto com as aquisições.
Atualmente, a rede controla 64 hospitais e pouco mais de 10 mil leitos, em 12 estados. A ideia é que o market share de leitos no Brasil, na ordem de 6,5%, pode ser expandido.
Opcionalidades de crescimento da Rede D’Or
“A empresa também possui opcionalidades em desenvolvimento, como a retomada da parceria com a Amil, a aceleração do negócio de oncologia e a parceria com Qualicorp (QUAL3)“, fatores que, segundo o banco, podem destravar o valor das ações.
Para isso, citam os analistas da instituição, será utilizado o dinheiro em caixa. A empresa levantou R$ 8,4 bilhões no IPO e realizou uma oferta subsequente de ações (follow-on) de R$ 4,9 bilhões em maio. “A empresa está mais capitalizada do que nunca.”
O banco enxerga que a companhia parece estar no caminho para “liderar a onda consolidação no setor de saúde“, o que justifica um prêmio no valuation frente aos concorrentes.
O BBA calcula que a companhia esteja negociando a 23,8 vezes o múltiplo EV/Ebitda do ano que vem, “o que está longe de ser uma barganha”. O banco diz que confia nas vantagens competitiva e execução de primeira linha da empresa.
Por volta das 13h20, as ações da Rede D’Or recuavam 1,13%, para R$ 69,10. A companhia vale R$ 139,31 bilhões na B3.