Rede D’Or (RDOR3) pode ter alta de até 26% na ação, diz BTG e Credit Suisse
A Rede D’Or (RDOR3) recebeu nesta segunda-feira (18) recomendação de “compra” e “outperform” do BTG Pactual e Credit Suisse.
De acordo com o BTG, o preço-alvo é de R$ 85 para a ação da Rede D’Or, com um potencial de valorização de 26,11%, em relação ao fechamento do mercado da última sexta-feira (15).
“Após seu recente IPO (o maior em 2020 no Brasil e o 2º maior na indústria hospitalar global), iniciamos a cobertura com uma Compra na Rede D’Or, a maior rede de hospitais privados no Brasil, e a tornamos nossa nova Escolha Principal”.
Ao passo que o Credit Suisse informou em seu documento que a rede de hospitais privados cresceu e se consolidou no mercado brasileiro nos últimos anos, o que trouxe uma eficiência operacional e de altos custos, contudo, ainda há espaço para aumentar a expansão.
“O mercado de hospitais brasileiro ainda é muito fragmentado, com o D’Or respondendo por uma baixa participação em localidades importantes (cerca de 10%). A companhia tem um extenso histórico de expansão inorgânica e mantém suas altas margens mesmo com as inúmeras aquisições”, declarou o analista do banco suíço, Maurício Cepeda.
Rede D’Or realizou terceiro maior IPO do Brasil
A Rede D’Or, uma das maiores empresas de saúde do País, chamou atenção do mercado neste ano, ao movimentar R$ 11,39 bilhões em sua ferta pública inicial de ações (IPO).
O IPO da Rede D’Or foi terceiro maior registrado na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) e praticamente encerra um ano em que o volume de ofertas ultrapassou os R$ 100 bilhões. O maior IPO da história da bolsa foi o do Santander (SANB11), feito em 2009, que movimentou R$ 13,2 bilhões, seguido pela BB Seguridade (BBSE3), em 2013, que atingiu R$ 11,475 bilhões.
Em 2020, o maior IPO até então havia sido realizado pelo Grupo Mateus (GMAT3), que levantou R$ 4,6 bilhões em outubro.
Fundado pelo cardiologista Jorge Moll Filho, o grupo Rede D’Or já é dono da maior rede independente de hospitais privados do Brasil, com 51 unidades próprias, um sob administração e 32 projetos em desenvolvimento distribuídos nos seguintes Estados:
- São Paulo,
- Rio de Janeiro,
- Pernambuco,
- Bahia,
- Sergipe,
- Maranhão,
- Paraná
- Ceará
- e Distrito Federal.
O grupo tem como prioridade o segmento de clínicas oncológicas, na qual tem a segunda maior rede, com 39 unidades. Também tem uma parcela grande de seus negócios em laboratórios de análises clínicas e de imagem.
Entre 2009 e 2019, a Rede D’Or observou seu Ebitda (lucro antes de juro, imposto, depreciação e amortização) subir 42% e chegar a R$ 3,68 bilhões. As receitas líquidas somaram R$ 13,3 bilhões no ano passado e chegaram a R$ 9,86 bilhões nos nove primeiros meses deste ano.
Última cotação
A Rede D’Or tinha nesta segunda-feira, por volta das 17h54, suas ações negociadas a R$ 67,51, em uma alta de 0,16%.