A Rede D’Or (RDOR3) apurou lucro líquido de R$ 396,2 milhões no terceiro trimestre de 2022 (3T22), conforme divulgado pela companhia na quarta-feira (9). Com o balanço, a empresa sobe 5,6% no intradia do Ibovespa, figurando como uma das maiores altas do índice e puxando outros players do setor de saúde.
A Rede D’Or também teve alta de 14% na receita líquida na base anual, para atuais R$ 6 bilhões.
O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da companhia foi de R$ 1,5 bilhão, representando uma alta de 20% em relação a igual período do ano anterior.
“O crescimento da receita líquida nas comparações anuais é resultado da sólida expansão das operações da companhia, com aumento no número de leitos e maior volume de pacientes e procedimentos cirúrgicos”, diz a administração da rede de hospitais em seu release de resultados.
A Rede D’Or no 3T22 também mostrou um resultado financeiro negativo em R$ 684,3 milhões, representando um aumento de 50,9% no comparativo com igual etapa de 2021.
A administração da companhia justificou essa oscilação por conta do endividamento, dadas as aquisições feitas e o aumento do custo da dívida por conta do aumento dos juros.
As despesas gerais e administrativas da companhia foram de R$ 253,8 milhões, sendo 10,9% maiores do que o terceiro trimestre de 2021.
A companhia também fechou o trimestre com endividamento líquido de R$ 15,2 bilhões, acima dos R$ 12,6 bilhões vistos em igual período do ano anterior. Com isso, o índice de alavancagem terminou o período em 2,8x Ebitda.
XP vê resultados da Rede D’Or como ‘ligeiramente positivos’
Em análise sobre os resultados da companhia no 3T22, a XP classificou os números como ligeiramente bons e destacou sua recomendação de compra para as ações da Rede D’Or.
O preço-alvo da casa para RDOR3 é de R$ 88, ao passo que os papéis são negociados na casa dos R$ 34 atualmente.
“A Rede D’Or apresentou resultados ligeiramente positivos no 3T22, com lucro líquido de R$396 milhões. A receita cresceu 4,6% no trimestre e os destaques positivos foram os aumentos nos tickets médios, analisa Rafael Barros, da XP.
“A margem EBITDA ficou estável no trimestre, mas destacamos que a empresa ainda está lidando com pressões de Covid-19. As despesas financeiras líquidas continuam impactando o lucro líquido, principalmente considerando que a alavancagem aumentou para 2,8x neste trimestre. Vemos o resultado como positivo e esperamos melhorias adicionais vindas de aumentos de preços, redução de despesas e redução das taxas de juros”, segue o especialista sobre o resultado da Rede D’Or.