As atenções do mercado estão voltadas hoje para a precificação da oferta inicial de ações (IPO) da Rede D’Or São Luiz (RDOR3), que pode levantar R$ 8,24 bilhões a R$ 12,65 bilhões.
Em plena pandemia mundial, a rede de independente de hospitais privados caminha para realizar o maior IPO do Brasil desde 2013, com possibilidade de ser o segundo maior IPO já realizado no Brasil.
A estreia da empresa na B3 está prevista para esta quinta-feira (10), no Novo Mercado.
Confira os maiores IPOs já feitos no Brasil:
- Santander (SANB11) captou R$ 13,2 bilhões em 2009
- BB Seguridade (BBSE3) captou R$ 11,4 bilhões em 2013
- Cielo (CIEL3) levantou R$ 8,4 bilhões no IPO, em 2009.
Em 2020, o maior IPO até o momento foi realizado pelo Grupo Mateus (GMAT3), que levantou R$ 4,6 bilhões em outubro.
Serão ofertadas 145.677.487 ações ordinárias, mas existe a possibilidade de negociação dos lotes adicional, de até 20%, ou 29.135.497 ações; e suplementar de até 15%, ou 21.851.623.
A Rede D’Or definiu a faixa indicativa de preço de seu IPO no intervalo entre R$ 48,91 e R$ 64,35. Caso o preço fique no teto da faixa e os lotes adicionais sejam colocados, a oferta pode chegar a R$ 12,65 bilhões.
Se as expectativas do mercado se confirmarem, o valor de mercado da empresa pode chegar à casa dos R$ 100 milhões.
Período de reserva da Rede D’Or terminou na sexta-feira
O período de reserva para pequenos investidores entrarem na oferta da Rede D’Or São Luiz (RDOR3) terminou na sexta-feira (3). O valor mínimo para entrar no IPO da Rede D’Or é de R$ 3 mil, sendo que o máximo é de R$ 1 milhão.
A Rede D’Or chama atenção do mercado por ser a maior rede independente de hospitais privados do Brasil. A empresa conta com mais de 51 mil colaboradores e cerca de 87 mil médicos credenciados.
Com a oferta primária, o grupo pretende destinar os recursos para a construção de novos hospitais, expansão das unidades existentes por meio de projetos greenfield e brownfield e aquisição de novos ativos (hospitais, clínicas oncológicas, corretoras de seguros de saúde, dentre outros).
Já a oferta secundária busca dar vazão ao fundo FIP Delta; à gestora de fundos Carlyle e ao fundo soberano de Cingapura, o GIC.
A operação está sendo coordenada por Bank of America; BTG Pactual (BPAC11); J.P. Morgan; Bradesco BBI; XP; BB Investimentos; Citi; Credit Suisse; Safra; e Santander (SANB11).
De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, a demanda participar do IPO da Rede D’Or supera em mais de três vezes a sua oferta inicial. Segundo jornal, o interesse dos investidores na operação é equivalente a um pouco mais de R$ 40 bilhões, só os estrangeiros já somam metade da demanda.