Rede D’Or apresenta pedido de registro para abertura de capital

A Rede D’Or São Luiz informou na noite da última sexta-feira (9) que apresentou seu pedido de registro de oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês) na Comissão de Valores Mobiliários (CVM),

A Rede D’Or comunicou ao mercado a intenção de abrir seu capital através de um fato relevante. Conforme indicado no documento, a oferta será seja primária que secundária.

A empresa será listada no segmento Novo Mercado, o mais alto nível de governança da Bolsa de Valores de São Paulo (B3). Além disso foi pedida uma conversão de registro da empresa, de categoria B para categoria A.

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Segundo a Rede D’Or, não serão apresentados pedidos de listagem em outros países, além do Brasil.

No final de setembro, a empresa tinha convocado seus acionistas para uma Assembleia Geral Extraordinária para a deliberação de algumas matérias, entre as quais a abertura de capital.

Além disso, foram tratadas na assembleia:

  • a alteração na redação do objeto social,
  • a alteração das competências exclusivas da assembleia geral,
  • a alteração do número de membros,
  • a eleição e/ou reeleição do Conselho de Administração, assim como seus suplentes e competências dos mesmos,

Todas operações necessárias em vista da adequação aos parâmetros do Novo Mercado.

A empresa também discutirá a aprovação de cláusula estatutária para proteção de dispersão acionária das ações ordinárias de emissão da rede.

Além disso, a assembleia deliberará sobre a possibilidade de empréstimo de suas ações que estão sob tesouraria para os bancos coordenadores que participarão do processo de abertura de capital, caso aprovado pelo Conselho de Administração.

Rede D’Or quer movimentar R$ 15 bilhões com IPO

A Rede D’Or buscará levantar entre R$ 12 bilhões e R$ 15 bilhões com seu IPO. Isso faria com que o valor de mercado do grupo hospitalar atingisse cerca de R$ 100 bilhões. A oferta está prevista para acontecer em outubro, com suporte das seguintes instituições financeiras:

A companhia, fundada em 1977 no Rio de Janeiro, é controlada pela família Moll e tem como sócio o fundo de private equity Carlyle, além do fundo soberano de Cingapura GIC. Através da abertura de capital, o Carlyle abriria mão de parte de sua fatia na empresa, compondo a oferta secundária. No entanto, especula-se que a maior parte da oferta será primária, quando os recursos são direcionados ao caixa da empresa.

Em 2019, a receita líquida da Rede D’or foi de R$ 13,32 bilhões, um crescimento de 22% em comparação ao ano anterior. O lucro líquido cresceu 20,4% na mesma base comparativa, atingindo R$ 1,18 bilhão.

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Carlo Cauti

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