Rede D’Or define faixa indicativa de preço e pode levantar R$ 8,249 bi em IPO
O grupo hospitalar privado Rede D’Or São Luiz (RDOR3) definiu nesta segunda-feira (16) a faixa indicativa de preço de sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) no intervalo entre R$ 48,91 e R$ 64,35.
Com isso, considerando a oferta base de ações, de 145.677.487 ações ordinárias, e a mediana da faixa indicativa, de R$ 56,63, a operação de abertura de capital da Rede D’Or pode levantar R$ 8,249 bilhões.
Por outro lado, quando consideramos a possibilidade de negociações dos lotes adicional, de até 20%, ou 29.135.497 ações; e suplementar de até 15%, ou 21.851.623; ainda de acordo com o meio da faixa indicativa, a oferta total subiria para R$ 11,137 bilhões.
O grupo pretende destinar os recursos para a construção de novos hospitais, expansão das unidades existentes por meio de projetos greenfield e brownfield e aquisição de novos ativos (hospitais, clínicas oncológicas, corretoras de seguros de saúde, dentre outros).
A operação será coordenada pelas seguintes instituições:
- Bank of America (Coordenador Líder)
- BTG Pactual (BPAC11, o Agente Estabilizador)
- J.P. Morgan
- Bradesco BBI
- XP
- BB Investimentos
- Citi
- Credit Suisse
- Safra
- Santander (SANB11)
A oferta será primária, quando os recursos são destinados ao caixa da empresa, e secundária, aquela em que os acionistas atuais vendem parte de suas fatias no negócio. Se concretizada, a empresa será listada no segmento Novo Mercado, o mais alto nível de governança da Bolsa de Valores de São Paulo (B3).
Perfil e resultados da Rede D’Or
O grupo hospitalar se coloca no prospecto preliminar como o operador da maior rede independente de hospitais privados do Brasil, que engloba, segundo dados de 30 de setembro de 2020, 51 hospitais próprios, um hospital sob administração e 32 projetos de hospitais em desenvolvimento, licenciamento ou construção, distribuídos nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Bahia, Sergipe, Maranhão, Paraná e Ceará e no Distrito Federal. A empresa se diz operar a maior rede de clínicas oncológicas do País, composta por 39 clínicas estrategicamente localizadas ao longo do território brasileiro.
Além disso, a Rede D’Or possui operação de laboratórios de análises clínicas e de imagem, bem como unidades de diálise, contando com 11 laboratórios e 53 unidades de diálise, das quais 51 funcionam nos próprios hospitais da Companhia, e 2 funcionam em um ambiente externo.
Segundo o documento, em 2019, a companhia registrou um lucro líquido de R$ 1,191 bilhão, ante um resultado de R$ 1,179 bilhão no mesmo período do ano anterior.
Na mesma base de comparação, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do grupo saiu de R$ 2,670 bilhões para R$ 3,484 bilhões.
Já a receita líquida atingiu um patamar de R$ 13,319 bilhões no ano passado, contra os R$ 10,914 bilhões apurados em 2018.
O IPO da Rede D’Or está previsto para acontecer em pouco menos de um mês, no próximo dia 10 de dezembro de 2020.