Plano de recuperação judicial do Grupo Abril é aprovado

Os credores do Grupo Abril aprovaram o plano de recuperação judicial da companhia. O plano foi apresentado nesta terça-feira (27) no Clube Homs, em São Paulo.

Os credores responsáveis por aprovar o grupo do Grupo Abril são dividos em quatro categorias. Sendo elas:

  • Ex-funcionários;
  • Bancos;
  • Prestadores de serviço editorial;
  • e demais fornecedores.

O plano de recuperação da companhia foi aprovado com 96% dos credores favoráveis a proposta. A representação no valor da dívida foi de 92%.

O plano consiste na venda de três dos investimentos da companhia.O principal é a sede da empresa, localizada na Marginal Tietê, em São Paulo. Além disso, alguns imóveis da companhia, localizados em Campos do Jordão, interior de São Paulo, também serão vendidos.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2020/09/75bc72e9-relatorio-magalu.png

A unidade de negócios da revista Exame, responsável pela produção da revista, do site, do aplicativo e da realização de eventos também será vendida no plano.

Recuperação judicial do Grupo Abril

O Grupo Abril está em recuperação judicial desde agosto do ano passado. Um dos maiores fatores para a crise da empresa é o número alto de dividas em contraponto ao número baixo de ativos.

Atualmente, o grupo já possui uma dívida de R$ 1,6 bilhão.

Em dezembro de 2018 a família Civita, fundadora da Abril, vendeu sua participação no grupo para o empresário Fábio Carvalho. A operação foi realizada com o apoio do banco BTG, mas não resolveu a questão da dívida bancária.

Saiba mais: Abril conclui venda para empresa de Fávio Carvalho

“Após um processo longo para a conclusão de uma transação muito complexa, as energias agora se focam nos desafios da restruturação do grupo. Temos muita confiança nos méritos do grupo e na nossa visão para a trajetória de sucesso da Abril”, afirmou o empresário quando assumiu o controle da companhia.

Se nenhum acordo fosse fechado com os principais credores, eles poderiam até tomar o controle da empresa. Ou, simplesmente, rejeitar o plano de recuperação judicial e levar a falência ao Grupo Abril.

Giovanna Oliveira

Compartilhe sua opinião

Receba atualizações diárias sobre o mercado diretamente no seu celular

WhatsApp Suno