Recrusul (RCSL3) cai quase 50% e lidera quedas de small caps em junho
O SMLL, índice de small caps da bolsa de valores brasileira, teve queda de 16,33% no mês de junho, terminando o período em quase 1.900 pontos. Desse modo, o índice teve a sua terceira queda mensal consecutiva e o pior desempenho em um mês desde março de 2020.
A queda das small caps acompanhou o cenário adverso para o mercado de ações, em meio às altas de juros e políticas econômicas adotadas por bancos centrais para tentar controlar o crescimento dos índices inflacionários. Em maio, o índice de small caps anotou perda de 1,82%. O Ibovespa também registrou seu pior desempenho desde março de 2020, com uma queda de 11,50%.
O índice de small caps ficou em tendência de baixa durante todo o mês de junho. No primeiro pregão do período, o valor de abertura era de 2.270 pontos. Chegou à mínima no dia último pregão, aos 1.877 pontos. Dos vinte e dois pregões que mediram a performance do SMLL, em apenas seis o índice fechou no positivo, ou seja, terminou 72,7% das sessões em queda.
Poucas small caps impulsionaram o índice SMLL para cima, com apenas oito empresas obtendo alta. A ponta negativa inclui as perdas da Recrusul (RCSL3), com uma variação de -49,83%, cotada a R$ 2,94. Outra ação que impactou de forma negativa o índice foi a Enjoei (ENJU3), com baixa de -49,00%, ao preço de R$ 1,02 por cota.
Outras small caps que puxaram o SMLL para baixo foram Méliuz (CASH), caindo 43,16%, e Sequoia (SEQL3), com queda de 40,22%.
Assim, as ações da CASH3 atingiram o valor de R$ 1,08 ao final de junho e a SEQL3 encerrou o período cotada em R$ 5,20. Fechando esse ranking, a ação da Via (VIIA3) obteve uma queda mensal de 38,85%, a R$ 3,47.
Veja um resumo das 5 small caps que mais caíram no mês de maio:
- Recrusul (RCSL3): -49,83%
- Enjoei (ENJU3): -49,00%
- Méliuz (CASH3): -43,16%
- Sequoia (SEQL3): -40,22%
- Via (VIIA3): -38,85%
Como funciona o índice de small caps (SMLL)?
A B3 explica em seu site que o Índice de Small Caps (SMLL) representa uma carteira teórica de ações que possui critérios próprios estabelecidos pela Bolsa de Valores do Brasil, assim como uma metodologia utilizada na escolha dos ativos que o compõe.
O objetivo do índice SMLL é trazer o desempenho médio do valor das ações de empresas que possuem menor capitalização de mercado.
Os ativos que podem fazer parte do índice SMLL precisam ser listados na B3, mas não podem simultaneamente fazer farte da lista de empresas que representam 85% da capitalização total de mercado das empresas em bolsa.
Além disso, o ativo precisa pertencer aos 99% mais negociados da bolsa. As empresas com valor de negociação abaixo de R$ 1,00 são conhecidas como “penny stocks”, e assim, não podem fazer parte do índice SMLL.
Vale destacar que o SMLL não é um ativo negociável, uma vez que é uma carteira teórica representativa. Para negociar um “pacote” de small caps, existe o ETF iShares BM&FBovespa Small Cap Fundo de Índice (SMALL11).