Recessão econômica nos EUA não é ‘inevitável’, diz Janet Yellen

A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, afirmou que a economia americana deverá desacelerar nos próximos meses, mas que uma recessão não é inevitável, como diversos analistas têm apontado.

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A fala de Yellen sobre a recessão se deu neste domingo (19), quando a secretária ofereceu uma dose de otimismo mesmo com os economistas cada vez mais preocupados com uma recessão alimentada pela disparada da inflação e pela invasão russa à Ucrânia – que novamente tem pressionado os preços do petróleo.

“É natural agora que esperemos uma transição para um crescimento ‘menor e estável’, mas não acho que uma recessão seja inevitável”, disse Yellen.

Em entrevista à emissora ABC, também falou sobre uma possível redução temporária de imposto federal sobre a gasolina para ajudar a dar aos motoristas algum alívio.

O preço médio da gasolina é de cerca de US$ 5 por galão e o imposto é de 18,4 centavos de dólar por galão.

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“Essa é uma ideia que certamente vale a pena considerar”, disse Yellen sobre a proposta. Ela acrescentou ainda que o presidente Joe Biden quer “fazer tudo o que puder para ajudar os consumidores”.

Vale lembrar que a fala da secretária vem em um contexto macroeconômico extremamente desfavorável, já que a inflação medida pelo CPI está na casa dos 8%, sendo a maior dos últimos 40 anos.

Nesse cenário, as bolsas americanas operam em bear market – termo utilizado para designar um mercado ‘em queda’, quando há desvalorização acima de 20% do seu topo mais recente.

“Claramente, a inflação está inaceitavelmente alta”, disse Yellen. “É a principal prioridade do presidente Biden encolhê-la”, disse Yellen.

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BofA estima 40% de risco de recessão em 2023

Em parecer recente, o Bank of America (BofA) estima que há 40% de risco de os EUA entrarem em recessão no ano que vem, em meio à combinação de crescimento econômico fraco e inflação persistentemente elevada no país.

O BofA aponta que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) ficou “atrás da curva”, demorando para agir no combate à escalada inflacionária, e enfrenta um horizonte desafiador.

Nesse cenário, o banco prevê que os juros chegarão ao pico acima de 4%, antes de a inflação se estabilizar em cerca de 3% – superior à meta de 2% do Fed.

Além disso, a casa também cortou a previsão para crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no segundo trimestre, de 2,5% para 1,5%, após contração de 1,5% no primeiro trimestre.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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