Receita Federal em greve? Entenda paralisação

Os servidores da Receita Federal anunciaram uma paralisação de 24 horas que irá iniciar nesta quinta-feira (17).

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Neste contexto, há discussão de uma possível deflagração de greve da Receita Federal.

Os servidores estão reivindicando reajustes salariais. Sem andamento nas negociações com o Governo Federal, foi decidida a paralisação.

Basicamente, a disparidade começou após negociações anteriores. Na transição de 2023 para 2024 a servidores da Receita Federal já estavam em diálogo com Governo, em uma movimentação de cerca de três meses que terminou em um acordo.

Nesse acordo, o Governo apresentou uma proposta aos auditores fiscais, que aceitaram não ter reajustes nos vencimentos básicos em 2024.

Assim, só tiveram reajustes em benefícios como auxílios de alimentação e saúde.

No acordo também ficou firmado que mesas específicas e temporárias de cada categoria dos servidores iriam negociar seus reajustes.

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Insatisfação dos servidores da Receita Federal

O que ocorreu foi que os servidores ficaram insatisfeitos com a posição do Governo Federal – que não teria demonstrado interesse nas negociações e em realizar os reajustes.

Com isso, as discussões de paralisação da Receita Federal voltaram.

Dão Real, diretor de assuntos intersindicais e internacionais do Sindifisco Nacional, declarou ao Metrópoles que ‘são três as carreiras consideradas simétricas e típicas de Estado’: a Advocacia-Geral da União (AGU), a Polícia Federal (PF) e os auditores da Receita.

“São as três carreiras que normalmente andam juntas. E, dessas três carreiras, a Receita Federal foi a única que não teve mesa de negociação para tratar de recomposição de perdas”, afirmou.

“Temos interesse, sim, em sentar à mesa para negociar e discutir a recuperação de perdas salariais. A gente tem perdas acumuladas pelo menos desde 2016, que foi a última negociação de recuperação de perdas”, completou.

Segundo Real, uma nova greve seria ‘um último recurso’ e depende da posição do Governo ante as discussões.

“Se o governo sinalizar para a instalação da mesa para discutir, cumprindo o acordo que foi firmado, possivelmente não se chegaria ao extremo de fazer uma greve. Agora, se o governo não cumpre o que ele acordou com a categoria, não se descarta a possibilidade de chegarmos a ter que fazer uma greve. Greve é o último recurso”, disse.

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Eduardo Vargas

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