Receita diz que governo não planeja imposto sobre grandes fortunas
O secretário especial da Receita, José Tostes Neto, informou nesta segunda-feira (6) que a equipe econômica não está trabalhando para criar um imposto sobre grandes fortunas no âmbito da reforma tributária.
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Em uma live promovida pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco), Neto ressaltou que há muitos questionamentos sobre riscos e potencial de arrecadação desse tipo de cobrança. Além disso, ele reconheceu que, apesar de nunca ter sido regulamentada, a previsão para o imposto sobre grandes fortunas existe desde 1988.
Segundo Tostes, “certamente esse tempo todo em que o tributo existe, mas não foi regulamentado, decorre de uma avaliação não muito segura não só do seu potencial de arrecadação, como também dos riscos associados a uma tributação como essa”.
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De acordo com o secretário, países que implementaram esse tipo de regulamentação foram obrigados a, eventualmente, flexibilizar, reduzir ou extinguir o imposto sobre grandes fortunas. Isso se deve principalmente a fuga de recursos para outras jurisdições.
A Receita está avaliando outros projetos de impostos
No caso da proposta de reforma tributária, José Tostes Neto informou que “evidentemente” a União não pode concordar com a estruturação de um IVA (imposto sobre valor agregado) nacional em que não participe do comitê gestor do tributo, algo que foi proposto pelos pelos Estados.
Ele pontuou que aspectos referentes a competências e repartição de recursos entre os três níveis de governo são o grande desafio na formulação e aprovação de nova estrutura para sistema tributário. No entanto, o secretário explicou que a equipe trabalha com três nortes:
- simplificação;
- não elevação da carga tributária global;
- adoção de maior progressividade;
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“Estamos propondo extinção de PIS e Cofins e criação de um imposto federal com imposição sobre valor agregado, aproveitamento integral dos créditos, princípio do destino”, afirmou.