O Banco Central destacou nesta quinta-feira, 1º de junho, que a iniciativa do Real Digital, a CBDC (Moeda Digital do Banco Central, na sigla em inglês) brasileira, é uma ação em curso para permitir a transição para a “economia tokenizada” sem comprometer a estabilidade financeira.
Mas afinal, o que é preciso para que o Real Digital seja levado adiante no Brasil? Para poder disseminar os benefícios dessas novas tecnologias, o BC afirma que terá que acompanhar as mudanças em curso na economia e fazer mudanças na sua estrutura.
Segundo o Banco Central do Brasil (BCB), serão necessários novos sistemas e processos, além de uma nova cultura organizacional, ajustando os arcabouços regulatórios e os modelos de supervisão, por exemplo.
“Cabe, portanto, ao BC propiciar um ambiente seguro para a geração de novos negócios, ao mesmo tempo em que promove o acesso aos benefícios da digitalização da economia a uma base maior de cidadãos e empreendedores.”
As avaliações foram feitas no boxe “Real Digital: uma Plataforma para as Finanças Tokenizadas”, que faz parte do Relatório de Economia Bancária de 2022, a ser divulgado na íntegra no dia 6 de junho, às 8 horas.
No boxe, o BC retoma as decisões tomadas no projeto do Real Digital, como o uso de depósitos de bancos e de contas de pagamento em forma de token (representação digital de um ativo), para fazer as operações no varejo.
“Esse modelo previne a desintermediação bancária e, ao mesmo tempo, permite que o real seja transacionado em uma rede baseada em DLT (blockchain), potencializando a programabilidade da moeda e viabilizando novas funcionalidades por meio de contratos inteligentes.”
Os testes com a CBDC brasileira, o Real Digital, começaram em março, mas recentemente o BC anunciou as instituições participantes, que devem ser incluídas na plataforma do piloto até meados deste mês. A moeda deve estar disponível para a população na virada de 2024 para 2025.
(Com informações de Estadão Conteúdo)