A startup colombiana de entregas Rappi vai concentrar investimentos no Brasil em 2019. A empresa tem planos para entrar em até 30 cidades, triplicando sua presença no País, e adicionar novas categorias de serviço ao seu aplicativo. A informação é da agência de notícias Reuters.
“Identificamos oportunidade de ser referência no mercado de ‘super apps’ na América Latina e, conforme amadurecemos, ganhamos escala com menos recursos”, afirmou o diretor de expansão e confundador da Rappi no Brasil, Ricardo Bechara. Como “super apps”, ele se refere a aplicativos com múltiplas funcionalidades.
Ao longo de 2018, o número de entregas da Rappi cresceu sete vezes. O crescimento no Brasil foi de 30% e nos demais países, de 20%. “Este ano devemos estacionar a entrada em novos países para ganhar escala nos mercados em que já atuamos”, declarou o executivo. Ele diz acreditar na possibilidade de o Brasil assumir a liderança da operação nos próximos dois anos.
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A Rappi e seus serviços
A Rappi se tornou um unicórnio (isto é, empresa com valor de mercado superior a US$ 1 bilhão) após receber um aporte de US$ 200 milhões em setembro de 2018. Aquela rodada de investimento foi liderada pelo DST Global, fundo que já investiu no Nubank, outro unicórnio. Também investiram os fundos Andreessen Horowitz e Sequoia, que já haviam concedido aportes à Rappi anteriormente.
A Rappi se propõe a entregar “de tudo”, desde comida até compras de supermercado e remédios. Para isso, a empresa mistura um modelo de negócios de convênios, no estilo iFood, com uma logística de entregadores autônomos, no estilo Uber.
A taxa de entrega é paga integralmente ao entregador. Além disso, as empresas conveniadas pagam uma taxa sobre os produtos vendidos à startup, dependendo do tipo de produto. Também é possível pedir que entregadores vão a lojas específicas e comprem produtos “fora do catálogo”. No Brasil, a Rappi conta com mais de 15 mil entregadores parceiros. Sua rede global tem mais de 50 mil.
A Rappi garante ao cliente entregar sua encomenda em casa em menos de 1 hora. “Se não gostar da qualidade de algum produto, não pagará por ele”, promete a startup em seu site.