Ralph Lauren cortará 15% da força de trabalho por conta do coronavírus
A empresa de moda americana Ralph Lauren (NYSE: RL) comunicou nesta terça-feira (22) que planeja um corte de cerca de 15% por conta da queda significativa na receita devido ao fechamento de suas unidades mais cedo neste ano.
Um porta-voz da companhia confirmou que quase 15% do quadro de funcionários seriam desligados, porém não quis especificar quais cargos seriam afetados. Até março deste ano, a Ralph Lauren empregava cerca de 24,900 pessoas, sendo 13,800 nos Estados Unidos, segundo relatório anual mais recente. A varejista informou que tem planos de reduzir a força de trabalho no fim deste ano fiscal.
No mês passado, a diretora financeira da empresa, Jane Nielsen, afirmou que espera que a pandemia e o que descreveu como um retorno prolongado da demanda prejudique a receita e o lucro operacional durante o ano fiscal.
Varejistas de moda como a Ralph Lauren e operadoras de lojas de departamento vêm enfrentando um difícil cenário depois dos bloqueios no início do ano para conter a disseminação da covid-19. Essas empresas reabriram suas unidades, porém encontraram uma conjuntura diferente, com grandes lojas como as do Walmart registrando fortes vendas nos últimos meses e uma alta no e-commerce.
Nesse sentido, outras marcas de moda também anunciaram cortes em vista da queda nas vendas, com a rede Kohl’s comunicando, na semana passado, um desligamento de cerca de 15% e a empresa Macy’s anunciando em junho um lay off de quase 3,900 funcionários.
Ralph Lauren espera taxas recordes com novos cortes
A expectativa da Ralph Lauren é de que a empresa obtenha taxas recordes entre US$ 120 milhões e US$ 160 milhões (ou de R$ 656,4 milhões a R$ 875,2 milhões). A companhia informou que prevê uma economia de pelo menos US$ 180 milhões anualmente em termos brutos devido às deduções.
A Ralph Lauren ainda comunicou que avalia outros segmentos do negócio, incluindo sua pegada imobiliária, em busca de potenciais economias.