Raízen (RAIZ4) tomba com prévia operacional; veja análise

A Raízen (RAIZ4) divulgou sua prévia operacional não auditada referente ao terceiro trimestre da safra 2024/25, e os números não foram bem recebidos pelo mercado. Segundo o Safra, os resultados refletem tendências divergentes entre os mercados de açúcar e etanol, além de sinalizarem desafios estruturais para a companhia no curto e médio prazo.

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Por volta das 15h30 desta segunda-feira (20), as ações da Raízen (RAIZ4) operavam em queda de 5,39%, cotadas a R$ 1,93.

A moagem de cana-de-açúcar no trimestre totalizou 13,8 milhões de toneladas, abaixo da estimativa do Safra, que projetava 14,2 milhões de toneladas. O volume também reflete a sazonalidade e a menor disponibilidade de matéria-prima em comparação com o trimestre anterior, quando a moagem foi de 32,9 milhões de toneladas.

O mix de produção favoreceu o etanol, que representou 56% do total, frente a 44% do açúcar, revertendo a tendência do trimestre anterior. Essa mudança foi atribuída ao déficit hídrico e aos incêndios que reduziram a conversão de TRS (teor de sacarose) em açúcar.

Entre outros destaques, a Raízen anunciou a descontinuação da operação recorrente de sua planta de E2G em Costa Pinto (Piracicaba) a partir do início da próxima safra. Operando desde 2015, a unidade foi pioneira na tecnologia de produção de etanol de segunda geração e passará a ser usada para testes e desenvolvimento futuro.

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Além disso, a companhia suspendeu sua projeção financeira para o atual ciclo, reforçando a visão do Safra de que as metas estabelecidas estavam desafiadoras de serem alcançadas.

Segundo o relatório, o desempenho das ações RAIZ4 no curto prazo deve ser influenciado por iniciativas da nova gestão voltadas para fortalecer a estrutura de capital, revisar o ritmo de investimentos em E2G e enxugar o portfólio de ativos.

Apesar das adversidades climáticas e dos desafios operacionais, o Safra enxerga oportunidades na estratégia da Raízen para otimizar sua estrutura financeira e explorar novas tecnologias no setor de biocombustíveis.

A casa reforça, no entanto, que o cenário competitivo e as condições climáticas continuarão sendo fatores cruciais para os resultados futuros.

O Safra tem recomendação outperform (compra) para as ações da Raízen, com preço-alvo de R$ 5,60 por papel RAIZ4.

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Guilherme Serrano

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