A Raízen (RAIZ4) aprovou a construção da terceira e quarta plantas de Etanol de Segunda Geração (E2G), ambas no estado de São Paulo. O valor do investimento será de R$ 2 bilhões para construção.
De acordo com o comunicado ao mercado, as novas unidades da Raízen terão capacidade de 164 mil m³. A projeção é de que as plantas entrem em operação em 2024.
“O investimento esperado já considera o cenário atual de inflação e câmbio para o suprimento e fornecimento de máquinas, equipamentos e mão de obra. Os projetos E2G são marcos importantes na evolução da estratégia de expansão do portfólio rentável de produtos renováveis”, informou a empresa.
Raízen opera atualmente uma planta de E2G no Parque de Bioenergia da Costa Pinto e está em fase de construção da 2ª planta no Parque de Bioenergia Bonfim, também no estado de São Paulo.
Com isso, a empresa se consolidará como o único produtor mundial a operar quatro unidades de etanol celulósico em escala industrial com uma capacidade instalada total de 280 mil m³/ano, dos quais 80% do volume foi comercializado em contratos de longo prazo.
“Os projetos E2G ampliarão nosso portfólio de soluções em energia limpa e renovável permitindo aos nossos clientes avançar no cumprimento de suas metas de descarbonização através da substituição de combustíveis fósseis em suas operações e reforçando o papel de liderança da Raízen na transição energética global através dos biocombustíveis.”
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XP recomenda compra da Raízen e vê upside de 40%
A XP iniciou a cobertura já com a recomendação de compra das ações da Raízen com potencial de valorização (upside) de 40% devido ao cenário nacional e internacional no segmento de açúcar e álcool.
A corretora atualizou sua perspectiva de oferta e demanda do setor de açúcar e álcool, uma vez que a produção brasileira de açúcar deve aumentar menos do que o esperado. Além disso, citou a tendência mundial do setor de energia, com a tentativa contínua de deixar os combustíveis fósseis para trás.
Com isso, na análise da XP, a Raízen deve ser a mais preparada e impactada positivamente nesse cenário.
“Sendo player com mix de açúcar e álcool a distribuidora de combustíveis, a Raízen está aproveitando a tendência positiva de curto prazo com preços mais altos de açúcar e etanol, o que impulsionou seu top (receitas) e bottom line (lucro líquido) na temporada 2021/22 e também deve ser positivo para 22/23″, informou o relatório.
O principal otimismo da XP está na capacidade de opcionalidade e arbitragem que a Raízen está construindo por meio de outras fontes renováveis de energia. Para a corretora todas elas poderiam ter um papel transformador na empresa conforme o processo de transição energética em curso em todo o mundo avança.
Com isso, a recomendação é de compra das ações da Raízen e o preço-alvo é de R$ 9,60m upside de 40%.