A Raízen (RAIZ4) teve lucro líquido ajustado de R$ 209,7 milhões em seu quarto trimestre fiscal, o que representa uma queda de 48% do lucro na comparação com o mesmo período do ano safra 2021-2020.
O lucro da Raízen ficou abaixo da estimativa do mercado, compilado pela Refinitv, de R$ 708,2 milhões no período.
Por sua vez, a receita líquida da Raízen totalizou R$ 53,4 bilhões, avanço de 50,1% na comparação anual.
O Ebtida ajustado (lucro antes de juros impostos, depreciação e amortização) somou R$ 1,7 bilhão queda de 30,2% ante R$ 2,5 bilhões no mesmo período do ano anterior. A empresa espera atingir Ebtida na faixa de R$ 13 a R$ 14 bilhões durante o ano safra 2022/23, iniciado em abril.
A projeção, que é superior aos R$ 10,7 bilhões reportados no ano anterior, é embasada no “aumento dos volumes de venda de todos os produtos”, além de preços melhores para etanol, bioenergia e açúcar.
A Raízen encerrou o trimestre com uma dívida líquida de R$ 13,8 bilhões (-2,4%). A alavancagem fechou o trimestre em 1,3 vezes a relação “Dívida Líquida/EBITDA dos últimos 12 meses”.
A posição de caixa e equivalentes de caixa alcançou R$ 8,3 bilhões no trimestre, além da disponibilidade de US$ 1 bilhão em linha de crédito rotativa com sindicato de bancos.
Os investimentos da Raízen previstos para o período devem ficar entre 10,5 e 12 bilhões de reais. A maior parte deste valor, cerca de R$ 9 bilhões, deve ser alocado em sua divisão de renováveis e açúcar.
É válido lembrar que a empresa atua em um ecossistema integrado com três segmentos:
- Renováveis: produção, comercialização, originação e trading de etanol (1G e 2G) e comercialização, trading e geração de
bioenergia de fontes renováveis (biomassa, biogás, solar e pequenas centrais hidroelétricas). - Açúcar: produção, comercialização, originação e trading de açúcar.
- Marketing & Serviços: comercialização e distribuição de combustíveis e lubrificantes, operação de mercados de conveniência
e proximidade no Brasil e refino e distribuição de combustíveis, lubrificantes & especialidades na Argentina e Paraguai.
Última cotação da Raízen
Na última sessão, sexta-feira (13), a Raízen encerrou o pregão em forte queda de 3,90%, negociada a R$ 5,17.