Raízen (RAIZ4) tem lucro líquido de R$ 1,4 bilhão no terceiro trimestre da safra
A Raízen (RAIZ4) obteve no terceiro trimestre da safra (3T 21’22) R$ 1,4 bilhão de lucro líquido consolidado sem ajustes, esse valor é superior em 100% ao terceiro trimestre do mesmo período em 20’21, quando havia registrado R$ 408,5 milhões.
Por sua vez, o lucro líquido consolidado ajustado da Raízen totalizou R$ 1,2 bilhão no terceiro trimestre da safra. No mesmo período do ano anterior, esse valor era de R$ 384 milhões.
De acordo com a companhia, o terceiro trimestre da safra trouxe oportunidades para os negócios e, em apenas nove meses, a empresa já superou a receita e o Ebtida de todo o ano-safra 2020’21.
“Aproximadamente 75% do nosso resultado é proveniente de fonte limpa e renovável. Estamos caminhando de forma consistente para cumprir nossas metas e compromissos assumidos no IPO. Tudo isso nos dá ainda mais força para seguirmos na missão de redefinir o futuro da energia”, escreveu o CEO da Raízen, Ricardo Mussa.
A receita operacional líquida totalizou R$ 55,3 bilhões, sendo R$ 7,4 bilhões do segmento de Renováveis, R$ 5,9 bilhões de Açúcar, R$ 45,4 bilhões em Marketing & Serviços. Nessa conta, os ajustes e eliminações totalizaram o resultado negativo de 3,7 bilhões.
O Ebtida consolidado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 4,4 bilhões, avanço de 18% na comparação com terceiro trimestre da safra 20’21.
Os segmentos de negócios da Raízen são divididos em três áreas:
- Renováveis: produção, originação e comercialização de etanol, bioenergia e outros produtos renováveis.
- Açúcar; produção, originação e comercialização de açúcar.
- Marketing & Serviços: distribuição de combustíveis e atuação no mercado de conveniência e proximidade no Brasil e Argentina, com as marcas Shell Select em conveniência e OXXO para lojas de proximidade no Brasil. Na Argentina, o segmento de Marketing & Serviços inclui também o refino e a venda de lubrificantes e outras especialidades. No Paraguai, a operação engloba a distribuição de combustíveis, complementando a plataforma de operações da Companhia na América do Sul.
Resultado operacional da Raízen
O Capex, despesas do capital para investimentos, totalizou R$ 1,6 bilhão no trimestre, alta de 62% na comparação de mesmo período, e R$ 34 bilhões no período acumulado, avanço de 38%. Conforme o documento, os valores estão em linha com o plano de investimentos previsto para o ano.
As despesas com vendas, gerais e administrativas somaram R$ 405 milhões no 3T21’22 (+6%) e R$ 1,2 bilhão no acumulado da safra (+19%), resultado de maiores gastos com logística, fretes e da inflação, parcialmente compensados pelo menor volume de vendas no período.
O custo da dívida líquida da Raízen foi de R$ 325 milhões no trimestre devido principalmente ao aumento na taxa Selic na comparação entre os períodos.
A empresa encerrou o trimestre com uma dívida líquida de R$ 19,2 bilhões. A alavancagem fechou o trimestre em 1,7x Dívida Líquida/EBITDA dos últimos 12 meses (versus 2,7x no 3T 20’21).
Segundo o documento, o desempenho da alavancagem reflete:
- melhora do resultado operacional;
- entrada de recursos do IPO, compensada pela saída de caixa referente à aquisição da Biosev;
- estoques de açúcar e etanol a serem comercializados posteriormente.
A posição de caixa e equivalentes da Raízen alcançou R$ 5,2 bilhões, além da disponibilidade de US$ 1 bilhão em linha de crédito rotativa com sindicato de bancos.