Raízen (RAIZ4): banco recomenda compra, mas vê “impulso desafiador para os lucros”
O Bank of America (BofA) reiterou sua recomendação de compra para as ações da Raízen (RAIZ4), com preço-alvo de R$ 9.
Nesta terça (13) os papéis da Raízen fecharam em queda de 4,82%, cotados a R$ 4,19 pregão Os analistas Isabella Simonato e Guilherme Palhares disseram que o impulso dos lucros para a Raízen tem sido um pouco mais desafiador, devido aos preços do etanol voláteis.
Os preços do etanol seguem enviesados para baixo devido ao risco de não aumento dos impostos sobre a gasolina e pressão sobre a paridade na entressafra, dizem os analistas.
Entretanto, seguem acreditando que o guidance de Ebitda [Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização] da Raízen de R$ 13 a 14 bilhões é alcançável, olhando para o limite inferior da orientação.
A recomendação de compra para as ações da Raízen pelo BofA foi reiterada pois:
- A entrega do guidance ainda deve ser um catalisador positivo, principalmente em um cenário adverso;
- as ações estão precificando os preços de longo prazo do açúcar e do petróleo em níveis muito mais baixos do que os atuais;
- a Raizen é a empresa mais diversificada do setor, incluindo o cliente final de etanol;
- e as iniciativas de crescimento não estão precificadas, principalmente os projetos de etanol de 2ª geração.
Outro ponto de atenção para a Raízen é o fator dos preços do açúcar, também desafiadores, por causa da expectativa de um excesso de oferta global na safra 22/23.
“Dessa forma, acreditamos que a Raizen acelerará os hedges de açúcar para a próxima safra, enquanto captura prêmio adicional para chegar ao consumidor final”, explicam os analistas do BofA.
O UBS também reiterou compra das ações da Raízen, mas cortou o preço-alvo de R$ 8,50 para R$ 7,50, Justificou que há muita incerteza em torno das margens da companhia, o que impede o mercado de analisar os papéis de forma otimista. O relatório menciona que os setores de Renováveis e Açúcar, com estimativas mais fracas, não devem contribuir com o desempenho operacional da empresa.
Raízen e Zamp (BKBR3) fazem parceria em energia renovável
A Raízen e a Zamp (BKBR3), antiga Burguer King Brasil, anunciaram uma parceria para o fornecimento de energia renovável para 44 lojas da rede de fast food, das marcas Burger King e Popeyes.
O acordo prevê o volume contratado de 4,3 GWh (Gigawatt-hora) por ano, e, segundo a Raízen e a Zamp, evitará a emissão de 244 toneladas de gás carbônico na atmosfera, equivalente ao plantio de 1.745 árvores.
Com o acordo da Raízen, a Zamp totaliza 120 restaurantes do Burger King e Popeyes com fornecimento de energia limpa e renovável.