A Raízen (RAIZ4) foi novamente advertida pela Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP).
O motivo são os “dados falsos entregues pela Raízen”, que inflam sua capacidade de produção e etanol. Além disso, a companhia não apresentou nenhuma justificativa cabível. As informações são da coluna Painel, do site do jornal Folha de S. Paulo.
A primeira vez que a empresa de Rubens Ometto teve este problema neste ano foi em meados de junho, após uma fiscalização.
Com problemas regulatórios, a Raízen pode perder sua licença de produção, diz a Folha.
Entre fevereiro e maio, houve 59 registros da ANP sobre rendimentos ‘inconsistentes e inverídicos’ na produção da etanol da Raízen nos estados de São Paulo e Goiás.
As informações da Raízen são de uma produção de 439 milhões de litros de etanol nesse período, utilizando 808,8 mil toneladas de matéria prima (melado, bagaço, palha e cana de açúcar).
Com isso, a proporção são de 2kg de matéria prima para cada litro de etanol. Apesar disso, a Raízen transparece em seu site que necessita de 12 kg de cana de açúcar.
Em meados de 2020 a empresa já havia sido responsabilizada pelo mesmo problema.
O fornecimento de dados de produção à ANP é uma obrigação regulatória.
Raízen anotou queda no lucro de 52% para safra 2023/24
A companhia anotou um lucro líquido ajustado de R$ 527 milhões no primeiro trimestre da safra 2023/24.
Os números referentes até o dia 30 de junho expressam uma queda de 52% ante o mesmo período de 2022, quando a companhia via lucros de cerca de R$ 1,1 bilhão.
No Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, a Raízen totalizou R$ 3,3 bilhões, ante R$ 3,65 bilhões em igual trimestre de 2022/23, recuo de 11%.
Na mesma comparação, a receita líquida caiu para R$ 48,8 bilhões (-26%).
O Capex (capital expenditure, no inglês) da Raízen no trimestre subiu 9,1% na comparação anual, para R$ 1,629 bilhão.