Raízen (RAIZ4) fecha contrato de 3,3 bilhões de euros com a Shell (RDSA34)

A Raízen (RAIZ4) fechou um contrato para comercializar etanol celulósico de segunda geração (ou E2G) para a Shell até 2037. O contrato, segundo a companhia, deve gerar 3,3 bilhões de Euros em receita ‘garantindo um previsível e satisfatório nível de retorno’. A decisão da joint venture foi comunicada nesta segunda-feira (7).

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O E2G a ser comercializado pela Raízen é produzido a partir da biomassa da cana-de-açúcar e está em linha com investimentos da ordem de R$ 6 bilhões visados pela companhia. O dinheiro será para 5 novas plantas, custando R$ 1,2 bilhão cada, na média.

O início da produção plena está previsto para 2025, dada a previsão de entrega das plantas. Isso pois há uma planta em operação e 3 plantas em construção, com previsão de início das operações a partir de 2023.

Os recursos do IPO da Raízen e a geração de caixa dos negócios serão utilizados para as plantas.

Segundo a empresa, a Shell receberá a produção destas 5 novas plantas pelos primeiros 10 anos de operação de cada unidade produtora, com garantia de suprimento até 2037.

Além dos 3,3 bilhões em receita da Raízen, estimados para a totalidade do contrato, deve ocorrer ajuste de preço vinculado à cotação do E2G. Ou seja, caso a cotação esteja acima do preço mínimo, haverá uma divisão do prêmio entre as partes.

“A Raízen prevê uma margem EBITDA de aproximadamente 50% (cinquenta por cento), com investimentos em manutenção estimados em R$ 50 milhões por planta/ano, proporcionando geração robusta de fluxos de caixa”, diz a companhia, em seu comunicado.

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Raízen visa 20 plantas de E2G até o ano de 2031

Além disso, o negócio colabora com os princípios ESG da empresa e pode dar ainda mais retorno com o aprimoramento das regulações vigentes nos mercados envolvidos.

“Tais regulações, como o Renewable Fuel Standard (RFS nos EUA) e o Renewable Energy Directive (RED na União Europeia),
Público já classificam o E2G como um produto diferenciado por ser feito a partir de um resíduo, não competir
com a produção de alimento e representar uma solução de baixa pegada de carbono”, atesta a Raízen,

O E2G reduz em torno de 80% as emissões de gases do efeito estufa na comparação com a gasolina, aproximadamente 70% na comparação com etanol de milho norte-americano e em torno de 30% na comparação com etanol de 1ª geração de cana de açúcar.

A Raízen, nesse aspecto, tem plano de atingir 20 plantas de E2G até o ano de 2031, com uma capacidade instalada de produção de, aproximadamente, 1,6 milhão de m³/ano.

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Eduardo Vargas

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