Raízen (RAIZ4) está no caminho certo para ter ano forte, diz BofA
Na expectativa para o balanço trimestral, o Bank of American divulgou relatório sobre a Raízen (RAIZ4), avaliando que a companhia está no caminho para um ano forte. O banco espera que o aumento de preço das commodities e combustíveis eleve os resultados do terceiro trimestre de 2021, que serão anunciados em 11 de novembro. Com isso, recomenda a compra da ação, ao preço-alvo de R$ 12.
“Esperamos que a empresa registre resultados sólidos, explicados por preços mais altos de commodities e combustíveis e, portanto, melhores margens de distribuição no Brasil, além de margens unitárias maiores para açúcar e renováveis”, diz o Bank of America em relatório.
O BofA também espera um ajuste no EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado de R$ 3,3 bilhões (considerando 100% da Biosev), enquanto o lucro líquido da Raízen deve chegar a R$ 1,15 bilhão, numa visão positiva para os preços e crescimento de açúcar, etanol e petróleo, em sua maioria não estão precificados.
“A demanda por combustível continua forte e acreditamos que a Raízen continuou ganhando participação gradualmente durante o trimestre, com os volumes crescendo 10,4% para 7,08 bilhões de litros. A expansão das margens deve ser limitada no trimestre, pois entendemos que a dinâmica comercial no início do trimestre foi desafiadora, enquanto o diesel ganhou participação no mix total e os preços ficaram mais estáveis durante o trimestre”, disse a avaliação do banco.
Preço de renováveis da Raízen deve subir
Já para o açúcar e renováveis da Raízen, os preços devem ser os principais impulsionadores dos resultados neste trimestre, compensando os menores volumes de moagem, enquanto a empresa está segurando mais estoques de açúcar devido à curva de preços ascendente.
“Estimamos que os volumes de açúcar próprio caiam 32% ao ano, enquanto os volumes de etanol devem ficar estáveis. Enquanto isso, os preços do açúcar devem subir 36% ao ano em reais, enquanto os preços do etanol devem subir 57% ano. Assim, o EBITDA total de açúcar e renováveis deve ser de R$ 2,37 bilhões (R$ 542 milhões de açúcar), e a margem EBITDA por tonelada de produto próprio (açúcar equivalente) deve melhorar 56% ao ano”, conclui o banco sobre o futuro balanço da Raízen.