O BTG Pactual (BPAC11) reforçou seu otimismo de curto e longo prazo em relação à Raizen (RAIZ4) e manteve sua recomendação de compra com preço-alvo em R$ 11. O banco considera ainda que o “valuation agora está mais atrativo do que nunca”, com a companhia operando a um múltiplo de 11,5 vezes Preço/Lucro esperados para 2022 e 2023.
Em relatório recente, o BTG Pactual apontou que a Raízen é uma das “top picks” do banco e “a performance mais fraca recente (-10% desde o início do mês, -18% desde o IPO) faz pouco sentido para nós à luz do que tem sido um cenário cada vez mais construtivo para os preços do açúcar e etanol e margens de distribuição de combustíveis.”
Os analistas do banco acreditam que o momento parece ser uma distorção para uma abertura de capital recente e que “gerou alguma controvérsia” após publicar uma previsão mais conservadora com pouco impacto nas perspectivas de longo prazo.
O BTG destaca outro aspecto que reforça sua percepção de distorção: o movimento de preço da Raizen não afetou as ações da Cosan (CSAN3), sua controladora. Cabe destacar que a ação da Raízen (RAIZ4) teve um desempenho 17% abaixo da Cosan desde início de novembro.
Além disso, na avaliação do BTG, “a Raízen possui uma das combinações mais poderosas em nosso universo de cobertura: ações líquidas, empresa com grau de investimento, exposição em US$, posição de liderança nos segmentos em que atua, forte momento operacional em açúcar e etanol e se transformando no que entendemos ser uma promissora agenda de longo prazo das energias renováveis.”
Por volta das 17h desta segunda-feira (29), a ação da Raízen (RAIZ4) operava em alta de 0,16%, valendo R$ 5,92.
Veja também:
Raízen tem lucro de R$ 1 bi no 2º trimestre do ano-safra 21/22
A Raízen lucrou R$ 1,07 bilhão no segundo trimestre do ano-safra 2021/2022, aumento de 149,2% na comparação com o ano-safra 2020/2021, quando havia registrado lucro de R$ 429,4 milhões. De acordo com a companhia, o resultado foi reflexo da “melhor performance” operacional dos negócios.
O Ebitda ajustado da Raízen (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 3,2 bilhões, aumento de 19,5%,um recorde na história da empresa. No ano anterior, o Ebitda havia sido de R$ 2,7 bilhões.
A receita líquida totalizou R$ 48,9 bilhões, avanço de 59,4% na comparação de base anual, segundo o balanço da Raízen.
O resultado trimestral da Raízen foi encerrado com uma dívida líquida de R$ 17,6bilhões (-10%) versus o mesmo trimestre do ano anterior.