O lucro líquido da Raízen Energia cresceu 152% e alcançou R$ 447,3 milhões no 3º trimestre da safra 2018/2019, no comparativo com o mesmo período da temporada anterior. A empresa divulgou seu balanço nesta sexta (15).
O resultado robusto da Raízen se deu apesar da baixa no negócio de açúcar e etanol. O forte desemprenho de trading e derivados foi responsável por puxar os ganhos. A receita da empresa também teve uma alta expressiva. Aumentou 74,3% no comparativo e atingiu R$ 5,7 bilhões. Na temporada anterior, havia sido de R$ 3,3 bilhões.
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O faturamento com as vendas de açúcar caíram 57%, somando R$ 565,1 milhões. As vendas de etanol, por sua vez, aumentaram 47% e atingiram R$ 2,5 bilhões. Os custos com vendas das atividades de trading e derivados dobraram na comparação com o ano anterior, registrando R$ 5,2 bilhões.
Os custos de produtos sucroalcooleiros também cresceram. A valorização do diesel e a quebra da safra da cana influenciaram nesses gastos. O custo do açúcar aumentou 13% e chegou a R$ 680 por tonelada.
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O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia desceu 6%, para R$ 842 milhões, tendo impacto nos preços e volumes do açúcar vendido no período.
A despesa financeira, influenciada pela queda no dólar, caiu 55%, para R$ 49,6 milhões. A variação da moeda americana diminuiu o saldo líquido das despesas financeiras da Raízen em R$ 89,3 milhões.
OPA da Cosan
A Cosan (CSAN3) anunciou em janeiro que vai realizar uma oferta pública voluntária para aquisição (OPA) de 17,85% das ações preferenciais classe A da Comgás, por R$ 82 a ação. O valor é 23% acima da cotação de 18 de janeiro.
O conselho de administração da Cosan aprovou naquele dia a contratação de assessores financeiros. A empresa submeteu também à B3 uma minuta do edital para realizar a oferta pública voluntária.
O Banco BTG Pactual S.A. foi contratado como instituição intermediária e o Citigroup Global Markets Assessoria Ltda., para elaborar o laudo de avaliação da Comgás.
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O objetivo da OPA é a aquisição de até a totalidade das ações preferenciais classe A de emissão da Comgás em circulação e negociadas na B3. Atualmente, elas correspondem a 23.566.096 ações. A condição para a oferta é a adesão de dois terços dos acionistas que detêm as ações em circulação, de acordo com fato relevante.
A Cosan também informou que assinou um acordo privado com acionistas detentores de aproximadamente 9,8 milhões de ações preferenciais classe A da companhia de gás. O acordo diz que o grupo se compromete a adquirir – e esses acionistas se comprometem a alienar – todas as referidas ações, no âmbito da OPA Voluntária Pretendida. Essas ações representam 41,786% dos ativos preferenciais classe A em circulação.