A Raízen, joint venture da Cosan (CSAN3) e da Shell, se prepara para deixar na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o seu prospecto preliminar, documento necessário para a realização de uma oferta pública inicial de ações (IPO), no início de junho. As informações são do jornal Estadão.
A ideia da Raízen é que a precificação seja feita no meio do mês que vem e o objetivo é levantar de R$ 10 bilhões a R$ 13 bilhões.
Com isso, o IPO será provavelmente o maior do ano na B3 (B3SA3), podendo ser também um dos maiores da história brasileira. Até agora, a maior estreia de todos os tempos foi o do Santander Brasil (SANB11), em 2009, que movimentou R$ 13,2 milhões. O segundo lugar vai para a BB Seguridade (BBSE3), feito em 2013, que movimentou R$ 11,5 bilhões, e o terceiro para a Rede D’Or (RDOR3), que levantou R$ 11,4 bilhões no fim do ano passado.
A oferta da Raízen já atrai a atenção de investidores estrangeiros que investem nos controladores atuais da companhia – Cosan e Shell possuem ambas 50% do capital social da Raízen.
O IPO da companhia de etanol atrai também a atenção daqueles interessados no tema ESG. A Raízen pretende, inclusive, reforçar sua imagem neste sentido, tendo como prioridade até a data da estreia divulgar o desenvolvimento de suas tecnologias renováveis.
Sindicato de bancos de IPO da Raízen começou a ser formado no final de março
No final de março, já havia sido noticiado que a Raízen havia contratado o sindicato de bancos para realizar a sua oferta. Até então, os bancos contratados seriam o BTG Pactual, o Citi, o Credit Suisse e o Bank of America.
O esperado é que a Raízen seja avaliada com um valor de mercado de R$ 90 bilhões, já estando, com isso, também entre uma das mais valiosas da B3. A empresa é uma das quatro com maiores receitas no Brasil, com faturamento de cerca de R$ 120 bilhões, atrás de gigantes como a Petrobras (PETR4), Vale (VALE3) e JBS (JBSS3).