A Raízen está em negociação com a Shell para comprar o negócio de lubrificantes da companhia anglo-holandesa no Brasil. A informação foi divulgada por meio de um fato relevante nesta segunda-feira (7).
Desde 2011, a Raízen Combustíveis, joint venture formada entre Cosan (CSAN3) e Shell, opera como agente exclusivo de venda de lubrificantes da marca Shell. Com o contrato de 10 anos chegando ao fim, as partes agora negociam “uma ampliação do escopo do relacionamento mantido até o momento”, com a alienação total do negócio de lubrificantes.
Segundo o documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a transação inclui a planta de mistura de lubrificantes localizada na Ilha do Governador e Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. A cadeia de distribuição da operação e seus respectivos contratos também fazem parte da negociação.
O fato relevante diz, ainda, que o negócio passará pelo crivo do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Os valores não foram divulgados.
IPO da Raízen pode ser um dos maiores da história
A Raízen protocolou, na última quinta-feira (3), seus pedido de oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na CVM, em uma distribuição que pode ser a maior da história. A operação pode movimentar entre R$ 10 bilhões e R$ 13 bilhões.
A companhia pediu registro no Nível 2 de governança corporativa à B3. A oferta será de ações preferenciais, sem direito a voto, mas com direito ao pagamento de dividendos.
No documento, a empresa destaca ainda que é uma das “maiores e pioneiras” empresas integradas de energia renovável do mundo. Sua escala e a presença de seus ativos são vantagens competitivas importantes, segundo a companhia.
Para o futuro, a Raízen afirma que quer apostar em frentes como a do etanol de segunda geração (E2G), o biogás e a produção de “pellets” de cana-de-açúcar para a exportação para países como a Alemanha, onde o material substitui o carvão na geração de energia.