O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a compra da Onofre pela Raia Drogasil. Entretanto, a decisão do órgão pode sofrer mudanças ou recurso dentro dos próximos 15 dias.
A expectativa é de que o negócio entre a Raia Drogasil e a Onofre ocorra até dia 1 de julho. Isso porque a Raia Drogasil anunciou, em fevereiro, a compra da rede de farmácias controlada pela gigante americana CVS Health.
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As conversas começaram em dezembro de 2018. No entanto, os valores da negociação não foram revelados. A CVS buscou oportunidades para vender a Onofre depois que fracassou nas tentativas de sucesso do negócio no Brasil. A marca de farmácias não conseguiu fazer frente a gigantes como Raia Drogasil e a DPSP (fusão das drogarias Pacheco e São Paulo).
Diante da situação, a CVS cogitou até mesmo vender as operações da Onofre por menos do que gastou na compra. Assim, esse valor estaria abaixo dos R$ 700 milhões desembolsados em 2013 para aquisição da rede.
CVS no Brasil
A CVS tem 10 mil lojas e um faturamento de US$ 194,8 bilhões nos Estados Unidos. Assim, o cenário é bem diferente do que conseguiu construir no Brasil.
A Onofre ocupava a 8ª posição no setor de farmácias em 2012, antes da venda para a gigante americana. Desde então, passou para o 17º lugar em 2016 e saiu da lista das 20 maiores no ano seguinte.
Apesar de despencar no mercado, a rede conseguiu aumentar de 44 unidades em 2013 para as atuais 51. Desse total, apenas três ficam fora de São Paulo. Comparada à Raia Drogasil, a Onofre é pequena. A líder do setor possui 1,8 mil lojas.
Lucro da Raia Drogasil
O grupo Raia Drogasil teve uma queda de 27% no lucro do primeiro trimestre de 2019. Dessa forma, os valores registrados foram de R$ 88,5 milhões. No entanto, o Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) avançou 4,7% a R$ 410,3 milhões. A comparação é feita com o mesmo período do ano anterior.
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Apesar da queda no lucro, a receita da Raia Drogasil ficou em R$ 3,95 bilhões, um avanço de 15%. Um aumento de 18% nas despesas operacionais levou ao resultado negativo. Como resultado, o número dos gastos passou de R$ 850 milhões para R$ 1 bilhão.
Nas vendas, o aumento das despesas foi de 17%, já as gerais e administrativas avançaram 22,5%. Assim, em valores, os gastos foram de R$ 887 milhões e R$ 112,3 milhões, respectivamente.
Já nas despesas financeiras o prejuízo foi de R$ 55,2 milhões. Contudo, no mesmo período de 2018, esse número era de apenas R$ 16,1 milhões.