Radar: Weg (WEGE3) pagará R$ 185 mi em JCP; Oi (OIBR3) cai abaixo de R$ 0,50 e 3R Petroleum (RRRP3) deve valorizar com aquisição, diz XP

Isabella Taglapietra

20/09/2022 22:08

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Weg (WEGE3). Foto: Divulgação

A Weg (WEGE3) anunciou nesta terça-feira (20) que vai pagar R$ 185 milhões em Juros Sobre Capital Próprio (JCP) aos seus acionistas.

O valor dos dividendos da Weg por ação será de R$ 0,044 aos titulares de ações escriturais posicionados até o final do pregão em 23 de setembro de 2022. A partir do dia 26 de setembro, as ações serão negociadas sem direito aos dividendos.

O pagamento será feito em 15 de março de 2023.

Segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), esses proventos fazem parte dos dividendos obrigatórios do exercício de 2022.

O valor dos JCP terá retenção do imposto de renda na fonte, com alíquota de 15%, resultando em aproximadamente R$ 0,037 por ação.

JCP da Weg

Valor total: R$ 185.118.326,49
Valor por ação: R$ 0,044117647
Data de corte: 23 de setembro
Data do pagamento: 15 de março de 2023
Rendimento (dividend yield): 1,51%

Ações da Oi (OIBR3) caem abaixo de R$ 0,50; BTG diz que quadro pode piorar

As ações da Oi (OIBR3) recuavam nesta terça-feira (20) mais uma vez, refletindo incertezas da venda dos ativos móveis da empresa, depois de a Vivo (VIVT3), a Tim (TIMS3) e a Claro pedirem ajustes nos valores.
Os papéis da Oi fecharam em queda de 6,38%, cotados a R$ 0,44. O BTG explica que as companhias de telefonia pedem que o preço de R$ 15,9 bilhões seja reduzido em R$ 3,2 bilhões para incluir métricas piores para:
novos clientes líquidos;
dívida líquida;
capital de giro;
capex.
A Oi informou que discorda das empresas.
“Acreditamos que o reajuste de preço esteja relacionado principalmente ao número de novos clientes líquidos”, explicam os analistas do BTG, que veem a notícia “muito ruim” para a Oi, que não receberá de imediato o valor de R$ 1,4 bilhão extra retido pelas três teles.
Além disso, o caixa da Oi de curto prazo deve ficar sob pressão enquanto o valor final a ser reajustado estiver em discussão, diz o BTG.
“Estamos revisando nosso modelo e planejamos publicar novas estimativas nas próximas semanas”, concluíram os analistas.
Os analistas da XP Investimentos explicaram por que pode ser positivo para Telefônica (VIVT3) e TIM (TIMS3) o pedido de redução de R$ 3,2 bilhões no preço no valor total dos ativos móveis da Oi (OIBR3), adquiridos pelas teles nos leilões realizados.
De acordo com os analistas, os compradores identificaram divergências em premissas que justificam uma proposta de alteração no valor, totalizando R$ 3,2 bilhões, sendo R$ 1,4 bilhões em benefício da TIM e R$ 1,1 bilhão para a dona da Vivo.
As divergências estão no capital de giro e dívida liquida, Capex, e ajustes na base de clientes.
As ações da Oi caíam 4% cotadas a R$ 0,45 às 16h20 desta terça-feira (20).

Ação da 3R Petroleum (RRRP3) deve valorizar (muito) com aquisição, diz XP

A 3R Petroleum (RRRP3) foi tema de relatório otimista divulgado pela XP Investimentos nesta terça-feira (20).
Sob o holofote, está a mais nova aquisição da 3R Petroleum: 15% do capital da 3R Offshore.
A XP não só reiterou a recomendação de compra para as ações da 3R, como indicou que a aquisição pode vir a acrescentar cerca de R$ 3,50 ao preço-alvo determinado pela XP para os papéis da companhia, atualmente em R$ 82,50 por ação.
A aquisição será realizada com base em uma cláusula prevista no Acordo de Acionistas acertado entre as partes em 6 de maio de 2021 e alterado em 2 de agosto de 2022, que prevê que a empresa teria o direito de adquirir 15% da 3R Offshore por meio do pagamento de R$ 12 milhões
A operação deve dar à 3R 85% do Cluster Peroá e 53,13% do Pólo Papa Terra.
Além disso, a nova aquisição da 3R deve adicionar 10,3 milhões de reservas de óleo da categoria 1P (provadas) e 16 milhões de 2P (soma de provadas e prováveis) para o Papa-Terra, como também 3,2 milhões de boe de reservas de gás 1P para Peroá.
“Em termos de avaliação do ativo, esta aquisição adiciona volumes de apenas US$ 0,17/1P ou US$ 0,12/2P (o mais barato de todos os negócios da 3R)”, afirmou a XP.
Apesar do ceticismo do mercado sobre a execução do Polo Papa-Terra, a XP encara a aquisição como promissora.
“Vemos esta aquisição como altamente geradora de valor para a empresa”, disse a casa.
As ações da 3R Petroleum fecharam o pregão desta terça-feira acumulando alta de 1,89%, com negociações do papel rondando os R$ 38,82 — o que implica um potencial de valorização de mais de 210%, segundo o preço-alvo estipulado pela XP.
Se considerados os R$ 3,50 que a aquisição pode adicionar ao preço-alvo, o potencial de valorização ultrapassa os 220%.
Desde o início do ano, as ações da 3R Petroleum acumulam alta de cerca de 13,67%.

Cemig (CMIG4) pagará R$ 471,5 milhões em JCP; veja valor por ação

A Cemig (CMIG4) anunciou nesta terça-feira (20) que vai pagar R$ 471,5 milhões em Juros Sobre Capital Próprio (JCP) aos seus acionistas.
O valor dos proventos por ação será de R$ 0,21, que serão pagos em duas parcelas iguais: a primeira até o dia 30 de junho de 2023 e a outra, 30 de dezembro de 2023.
Apenas os investidores com ações da Cemig no dia 23 de setembro terão direito de receber os rendimentos. A partir do dia 26 de setembro, as ações serão negociadas sem direito aos dividendos.
Segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), esses proventos fazem parte dos dividendos mínimos obrigatórios do exercício de 2022.
O valor dos JCP terá retenção do imposto de renda na fonte, com alíquota de 15%, resultando em aproximadamente R$ 0,18 por ação.
Valor total: R$ 471.529.000,00
Valor por ação: 0,21428027494 para CMIG3 e CMIG4
Data de corte: 23 de setembro
Data do pagamento: até 30/06/23 e 30/12/23
Rendimento (dividend yield): 12,55%
Funcionários da Cemig (CMIG4) e empresários do ramo de cabos e materiais elétricos que atuam como fornecedores da estatal são investigados na “Operação Mau Contato”. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e de São Paulo (MPSP), em conjunto com as Polícias Civis dos dois Estados e com a Secretaria da Fazenda de Minas Gerais, cumpriram nove mandados de busca e apreensão contra os envolvidos.
Conforme informou o MPMG, a operação contra as fraudes marca o encerramento da primeira fase de investigações de Procedimento Investigatório Criminal (PIC) que foi instaurado após término de investigação corporativa interna da própria Cemig, concluída ao final de 2020 e que resultou no afastamento de dirigentes e empregados da companhia e rescisões de contratos com fornecedores, parte deles, agora, alvos da investigação conduzida pelo Ministério Público.
“As diligências realizadas nesta terça-feira visam complementar as provas já produzidas, assim como aprofundar a hipótese de ocorrência de outros crimes contra a administração pública e financeiros, a partir da colheita de documentos, computadores, telefones celulares e dispositivos eletrônicos pessoais dos envolvidos, medidas autorizadas pelo juízo da Vara de Inquéritos da Capital”, afirmou o MPMG.
Também foi autorizado o bloqueio e indisponibilidade de bens dos envolvidos, em um montante da ordem de R$ 132,261 milhões, com o intuito de garantir o futuro ressarcimento dos danos causados ao patrimônio da Cemig e aos consumidores e usuários do serviço.
Segundo nota divulgada pelo MPMG, as investigações indicaram que um grupo de empregados da Cemig atuava em conluio com empresários do ramo de produção e revenda de cabos condutores e outros materiais elétricos para fraudar as contratações da Cemig, desde a fase de licitação até a execução dos contratos.
No pregão de hoje, a cotação das ações da Cemig caiu 0,26%, cotada a R$ 11,67. No ano, o papel acumula alta de 17,76%.

Ambipar (AMBP3) compra empresa de reciclagem avaliada em R$ 68 milhões

A Ambipar (AMBP3) comunicou nesta terça-feira (20) que, junto de sua subsidiária Environmental ESG Participações, adquiriu o controle societário da Blz Recicla.
De acordo com fato relevante enviado pela Ambipar à CVM, a Blz Recicla teve faturamento de R$ 98 milhões e Ebitda de R$ 19 milhões nos últimos doze meses, e foi avaliada em R$ 68 milhões.
Segundo a Ambipar, a Blz Recicla é líder no segmento e atua com a coleta, transporte e valorização de garrafas de vidro reutilizadas para a indústria de bebidas. A empresa movimenta 10 milhões garrafas de vidro e 5 mil toneladas de cacos de vidro por mês e conta com três unidades operacionais em São Paulo.
“A aquisição adiciona o vidro à plataforma de economia circular da Ambipar e incrementa seu portfólio de soluções para a indústria de bebidas, além de fortalecer o relacionamento com as cooperativas por meio da sua força nacional na captação em diversos tipos de recicláveis”, diz a nota.
A companhia afirma ainda que a compra da Blz Recicla está alinhada ao plano de verticalização da Ambipar, com aumento do acesso a recicláveis e sua capacidade de oferecer soluções integradas para toda cadeia.
“Neste momento a Blz Recicla torna-se Ambipar Environmental e se integra à cadeia de economia circular da Ambipar”, informa a empresa.

Unipar (UNIP6) informa alterações no capital social; veja o que muda

A Unipar (UNIP6) informou nesta terça-feira (20) que converteu 2,3 mil ações preferenciais classe A para classe B, em igual número, atendendo pedidos de acionistas detentores do primeiro tipo.
De acordo com fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as conversões modificaram a composição do capital social da Unipar:

Ações Ordinárias (UNIP3): 36.308.767, sem alterações
Ações Preferenciais classe “A” (UNIP5): de 2.252.912 para 2.250.612
Ações Preferenciais classe “B” (UNIP6): de 65.314.479 para 65.316.779.
No total, o capital da Unipar é formado por 103.876.158 ações.

Indústrias Romi (ROMI3) vai pagar R$ 15,4 milhões em JCP; confira valor por ação

A Indústrias Romi (ROMI3) anunciou nesta terça-feira (20) o pagamento de R$ 15,4 milhões em Juros Sobre Capital Próprio (JCP) aos seus acionistas.
O valor dos proventos por ação será de R$ 0,211, que serão pagos em 19 de outubro.
Apenas os investidores com ações da Indústrias Romi no dia 26 de setembro terão direito de receber os rendimentos. A partir do dia 27 de setembro, as ações serão negociadas sem direito aos dividendos.
Segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), esses proventos fazem parte dos dividendos mínimos obrigatórios do exercício de 2022.
O valor dos JCP terá retenção do imposto de renda na fonte, com alíquota de 15%, resultando em aproximadamente R$ 0,17935 por ação.

IRB Brasil (IRBR3) é alvo de ação por prejuízo aos acionistas

O IRB Brasil (IRBR3) está sendo alvo de uma ação civil pública protocolada pelo Instituto Brasileiro de Cidadania (Ibraci) em decorrência dos prejuízos causados a seus acionistas, graças a uma forte queda no preço de ações da empresa após a revelação de fraudes por parte da companhia.
Na ação aberta contra o IRB, o Ibraci afirma que “que a ré agiu com dolo ao divulgar informações mentirosas de forma fraudulenta, lesando os seus acionistas e investidores interessados na aquisição de ações da companhia, uma vez que elas não refletiam a realidade”.
A empresa protagonizou um escândalo contábil e despencou na bolsa de valores no início de 2020.
No documento, também está disposto que, “verificada a ocorrência de fatos típicos do crime contra o Sistema Financeiro Nacional”, os investidores não devem ser “obrigados a suportarem o ônus decorrente de atos ilícitos praticados pela ré, cabendo a ela indenizá-los, na forma do artigo 927 do Código Civil”.
A entidade ainda acusa a empresa de “quebra da boa-fé subjetiva, dada a atitude dolosa em fraudar suas informações, induzindo os investidores a erro”.
“O investidor não pode e não deve aceitar com passividade os prejuízos anômalos, decorrentes de comportamentos distorcidos, descumprimento de regras de governança, violação de normas do mercado e manipulação”.
O documento pontua a intensa desvalorização que os papéis da companhia sofreram.
“A ação saiu de R$ 34,37 em 31/01/2020 para R$ 5,60 em 20/03/2020 e está em R$ 1,18, em 14/09/2022. Ou seja, a ação simplesmente virou pó“. No pregão desta terça (20), a ação do IRB está cotada a R$ 1,20.
O Ibraci pede que o IRB seja condenado por dano moral coletivo e danos morais e materiais dos investidores no plano individual.
Além disso, o Ibraci pede que seja publicado edital para que para que investidores e acionistas do IRB possam ingressar na ação e assim “comprovar os danos que experimentaram e serem ressarcidos”.
A ação foi ajuizada na quarta-feira (14) e distribuída na quinta-feira (15) para a 6ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro.
Em comunicado ao mercado no dia 13 de setembro, o IRB deu informações sobre um pedido de indenização, por parte de um acionista, na casa dos R$ 807 mil.
O acionista em questão disse que adquiriu ações do IRB Brasil entre 9 de junho de 2020 e 20 de abril de 2021 e foi, posteriormente, surpreendido pela divulgação feita pela própria companhia com:
Informações sobre o resultado de apurações internas que teriam constatado irregularidades no pagamento de supostos bônus;
Novas versões de demonstrações financeiras, dos anos anteriores, constando irregularidades cometidas; e
Divulgação de informações inverídicas sobre a base acionária.
O pedido de condenação da companhia inclui o pagamento do prejuízo que o acionista alega ter sofrido, totalizando R$ 787,430 mil, com atualização e correção monetária.
Além disso, ele pede:
Condenação da companhia ao pagamento de indenização de ordem moral ao dano alegadamente sofrido pelo requerente, no valor de R$ 20 mil;
Inversão do ônus da prova, para que a companhia demonstre que adotou as atitudes para reparar os danos alegadamente sofridos; e
Condenação ao pagamento do ônus de sucumbência, custas procedimentais, verbas honorárias decorrentes do procedimento arbitral e honorários advocatícios, a serem arbitrados em 20% do valor da causa.
“O requerente afirma que as ações de emissão da companhia por ele adquiridas apresentaram forte desvalorização em decorrência desses fatos alegados, motivo pelo qual ele requer que a companhia lhe pague uma indenização”, destacou o IRB Brasil, em nota.