O Conselho de Administração da Telefgônica Brasil (VIVT3) aprovou nesta quarta-feira (16) a distribuição de remuneração aos acionistas sob forma de Juros sobre Capital Próprio (JCP). O montante bruto da distribuição é de R$ 180 milhões. Porém, com retenção de imposto de renda na fonte, na alíquota de 15%, o valor cai para R$ 153 milhões.
O valor unitário do JCP da Telefônica é de R$ 0,10739500713 bruto. Com a incidência do imposto de renda, o valor passa para R$ 0,09128575606 por ação ordinária.
Serão considerados aptos para receber os proventos da Telefônica os acionistas detentores de papéis da companhia até o final do pregão do dia 25 de fevereiro. A partir do pregão seguinte, as ações serão negociadas sem conceder direito de recebimento.
A Telefônica ainda não definiu data exata para a realização do pagamento, dizendo apenas que deve ocorrer até o dia 31 de julho de 2023.
Além da Vivo, confira outros destaques desta quarta-feira:
Caixa Seguridade (CXSE3) lucra 545,7 milhões no 4T21, alta de 20,4%
- O lucro líquido da Caixa Seguridade (CXSE3) no quarto trimestre de 2021 foi de 545,7 milhões, avanço de 20,4% em relação ao mesmo período de 2020. O resultado cumulado de 2021 foi de R$ 1,896 bilhão, alta de 7,2% ante o ano anterior.
- Já a receita líquida da Caixa Seguridade atingiu R$ 2,45 bilhões no trimestre. Isso representa alta de 13,2% em relação ao quarto trimestre de 2020.
- O resultado da Caixa Seguridade no terceiro trimestre de 2021 foi impulsionado pelo incremento das receitas de distribuição, incluindo as comissões de corretagem, pela redução da sinistralidade geral dos negócios de risco e pelo resultado de investimentos em participações societárias.
- O crescimento das receitas líquidas de corretagem foi um dos principais fatores para o crescimento do lucro líquido da Caixa Seguridade, compensando a redução das receitas de acesso à rede (BDF), que estão sendo convertidas para receitas de corretagem. Considerando os dois indicadores (corretagem + BDF) o crescimento foi de 51,6% no comparativo anual.
- Os prêmios emitidos no 4T21 reduziram, quando comparados ao trimestre imediatamente anterior e ao mesmo período de 2020. No entanto, o seu resultado convertido para a holding Caixa Seguridade foi majorado por conta da maior relevância dos seguros emitidos pelas empresas das novas parcerias, visto que a participação da holding passou de cerca de 48% para 60% nos produtos Vida, Prestamista e Previdência e 75% nos demais ramos.
- Por sua vez, o segmento de Previdência registrou R$ 9,2 bilhões em contribuições e prêmios recebidos, tendo um crescimento de 2,9% comparado ao mesmo período em 2020.
- “O resultado é reflexo da atuação da Caixa Seguridade na promoção de campanhas de incentivo de vendas, mobilização da rede de vendas para captação do segmento, aumento de canais de oferta do produto, diversificação das opções de investimento para os clientes e treinamentos combinados com materiais de apoio disponibilizados”, disse a Caixa Seguridade em seu balanço.
Oi (OIBR3) teve geração de caixa operacional negativa em R$ 56 milhões em dezembro
- A Oi (OIBR3) informou ao mercado que a geração de caixa operacional líquida das recuperandas foi negativa em R$ 56 milhões em dezembro de 2021. No mês anterior, o resultado havia ficado em R$ 165 milhões negativo.
- Segundo a Oi, na comparação com o mês de novembro do ano passado, os recebimentos registraram aumento de R$ 48 milhões, atingindo o patamar de R$ 2,33 bilhões, enquanto as saídas de caixa com pagamentos e investimentos diminuíram R$ 59 milhões, totalizando R$ 2,38 bilhões conjuntamente.
- As demais movimentações das recuperandas, que incluem as operações financeiras, representaram entrada de caixa de R$ 127 milhões em dezembro de 2021.
- Dessa forma, a variação do saldo final do caixa financeiro das recuperandas da Oi foi positiva em R$ 70 milhões, resultando em montante de R$ 2,6 bilhões, correspondente a uma alta de 3% em relação ao mês anterior.
Bradesco (BBDC4) investe R$ 51,5 milhões na Smartbrain
- A plataforma de controle e consolidação de investimentos Smartbrain recebeu um aporte de US$ 10 milhões (R$ 51,5 milhões) da Bradesco PE & VC, gestora de venture capital (que compra participações em startups) do Bradesco (BBDC4).
- A fatia negociada do capital da startup não foi informada, mas o fundo do Bradesco será sócio relevante da empresa. Com os recursos, a Smartbrain pretende investir nas áreas de tecnologia da informação, produtos, marketing e também em aquisições.
- A empresa agora terá um conselho de administração e diretorias. Henrique Garcia, cofundador, é o CEO, enquanto Ailton Torres será o chefe da área de tecnologia (CTO), e novos profissionais serão contratados para produtos, customer success e inteligência de dados.
- A relação entre o fundo do Bradesco e a Smartbrain foi estabelecida após o InovaBRA, hub de startups do Bradesco, buscar provedores de tecnologia para a área de consolidação de carteiras de investimento. A startup de consolidação de investimentos foi escolhida como fornecedora do banco.
- Além disso, a empresa foi selecionada para operar no controle dos investimentos e do patrimônio dos clientes do banco, a começar pelos de alta renda. Atualmente, a solução está em teste nas áreas de investimento do Bradesco e da Ágora, corretora do conglomerado para o público de varejo.
Embraer (EMBR3) anuncia estudo para nova aeronave sustentável
- A Embraer (EMBR3) anunciou nesta quarta-feira (16) que planeja o estudo de uma aeronave regional conceitual com emissão zero em parceria com as empresas Widerøe e Rolls-Royce.
- O estudo cooperativo de 12 meses, com pesquisa e desenvolvimento pré-competitivo, vai abordar as exigências de passageiros de se manterem “conectados de forma mais sustentável num mundo pós-pandemia”, diz a companhia.
- A nota afirma que a Embraer busca desenvolver novas tecnologias que vão permitir que países sejam capazes de dar suporte de mobilidade aos seus passageiros, enquanto utilizam a infraestrutura já existente de forma sustentável.
- De acordo com fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pela Embraer, os avanços na pesquisa científica podem tornar a energia limpa e renovável um grande facilitador para uma nova era da aviação regional.
- “As três empresas compartilharão seu conhecimento aprofundado de design de aeronaves, demanda de mercado, operações e soluções de propulsão, para desenvolver ainda mais a compreensão das tecnologias de emissão zero, seu amadurecimento e aplicação às futuras aeronaves regionais”, acrescenta o texto.
- A Embraer explica ainda que o estudo vai cobrir o desenvolvimento de novas tecnologias de propulsão, de forma que seja possível analisar várias soluções potenciais, “incluindo aeronaves totalmente elétricas, com célula de combustível de hidrogênio ou aeronaves movidas a turbina a gás de hidrogênio”.
- No comunicado, Arjan Meijer, presidente e CEO da Embraer, diz que as inovações esperadas com o estudo têm o potencial de permitir que a energia limpa e renovável impulsione uma nova era da aviação regional. “O objetivo de nossa colaboração é criar soluções de voo que atendam segmentos de mercado de maneira verde. Acredito que isso possa levar a uma conectividade totalmente sustentável, incluindo operações intermunicipais de curta distância”.
Magazine Luiza (MGLU3) inaugura seu maior centro de distribuição em SP
- O Magazine Luiza (MGLU3) inaugurou, nesta quarta-feira (16), seu maior centro de distribuição no país. Está localizado no parque logístico GLP Guarulhos II, na região metropolitana de São Paulo.
- A unidade de 119 mil metros quadrados foi entregue pela GLP, empresa de gestão de investimentos e desenvolvimento de negócios em logística.
- Além disso, já está em operação, atendendo o abastecimento das lojas, assim como as entregas de produtos vendidos pelos canais digitais.
- De acordo com a prefeitura de Guarulhos, o centro deve gerar, em sua totalidade, até 8 mil empregos. O Magazine Luiza estima uma geração de mais 600 pontos de trabalho, enquanto a construção proporcionou 1400 empregos diretos.
- Por fim, a companhia anunciou que, com a abertura do centro de logística, haverá a iniciativa de conseguir o processo de certificação de construção sustentável, seguindo as metas de ESG e sustentabilidade. A intenção é reflorestar uma área de preservação ambiental com 177 metros quadrados.
- Mais de mil mudas de árvores de espécies nativas já foram plantadas, segundo o Magalu.
Lista de cancelamentos em 2022 aumenta: CSN (CSNA3) desiste do IPO da CSN Cimentos
- A CSN Cimentos, subsidiária da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), anunciou que desistiu da oferta pública inicial de ações (IPO). A comunicação foi feita nesta quarta-feira (16), por meio de documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
- De acordo com a nota da companhia, o motivo foram “as condições adversas no mercado interno e internacional”.
- A empresa apresentou a petição de desistência dos pedidos de emissor de valor mobiliários de categoria A, ou seja, que poderia emitir ações, assim como a da oferta pública de distribuição primária de ações ordinárias.
- A Ativa Investimentos comenta que a decisão da CSN está alinhada com os desafios macroeconômicos domésticos atuais, em conjunto com o fato de o momento do mercado de capitais ser assimétrico para a realização de grandes ofertas. “Acreditamos que a ideia da companhia seria levantar ao menos R$ 2 bi para fomentar o desenvolvimento da divisão e que, possivelmente, os planos possam ser retomados assim que a companhia avistar uma nova janela de possibilidades”, afirma a gestora.
- A CSN Cimentos protocolou o prospecto do IPO em maio do ano passado, sendo uma oferta primária, com o objetivo de direcionar os recursos para o caixa da companhia.
- É a segunda vez que há interrupção nos planos da CSN Cimentos em relação à abertura de capital. A primeira foi em julho de 2021, pelas condições do mercado, quando a empresa afirmou que estimava completar a operação no mesmo ano. Os planos foram retomados em setembro, com a compra de ativos da Holcim no Brasil.
- No período, a pretensão era arrecadar até R$ 3 bilhões com o IPO.
- Com a CSN Cimentos, já são 16 empresas que cancelaram as ofertas apenas em 2022.
50 milhões de ações da JBS (JBSS3) estão à venda em leilão do BNDES
- O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está seguindo com o desmonte da sua posição em ações da JBS (JBSS3) e colocando à venda 50 milhões de ações da empresa, em block trade – ou “oferta em bloco” – nesta quarta-feira (16) coordenado pelo BTG Pactual.
- O leilão, que começou hoje às 10h na B3 (B3SA3), deve levantar cerca de R$ 2 bilhões ao banco de investimentos, segundo informou o site Brazil Journal.
- O block trade é uma oferta de ações aberta ao mercado em que um número significativo de papéis é colocado à venda ao mesmo tempo. No Brasil, o block trade acontece quando a oferta de ações corresponde a mais de 0,9% das ações abertas em circulação ou a mais de 3,5% da movimentação média diária do papel nos últimos 20 dias.
- Segundo o BTG, as ações serão postas no leilão com deságio no lance mínimo de 3% sobre o fechamento de ontem, ou R$ 37,52.
- Este é o segundo bloco de ações da JBS que o BNDES coloca à venda. Há dois meses, o banco de investimento estatal vendeu R$ 70 milhões de ações a R$ 38,01 cada.
- Normalmente, as ações de block trade de uma mesma companhia devem acontecer com intervalo de 90 dias. Entretanto, o Bank of America, quem coordenou o último, deu licença para que o intervalo fosse reduzido para 60 dias.
- Após o leilão de hoje, o banco de investimento ainda será dono de 19,5% do capital da JBS.
Da Telefônica a JBS, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.