Radar: Visa (VISA34) fecha compra bilionária de fintech brasileira, BDRs do Nubank (NUBR33) e gripe aviária derruba ações da BRF (BRFS3) no Ibovespa
A Visa (VISA34) anunciou nesta quarta-feira (28) a aquisição da Pismo, fintech que oferece soluções e serviços bancários para bancos digitais, por US$1 bilhão.
De acordo com a companhia, o objetivo da compra da Visa é melhorar seu posicionamento no oferecimento de soluções de processamento bancário e emissão para cartões de débito, pré-pago, crédito e empresariais por meio de APIs nativas em nuvem.
“Por meio da aquisição da Pismo, a Visa pode servir melhor nossos clientes, instituições financeiras e fintechs com soluções bancárias e de emissão diferenciadas que eles podem oferecer aos seus clientes finais,” afirma Jack Forestell, Líder Global de Produtos e Estratégia da Visa, em comunicado.
Com operações na América Latina, Ásia Pacífico e Europa, a Prismo manterá seu time de gestão. “Na Pismo, nosso objetivo é permitir que nossos clientes lancem pagamentos e produtos bancários em uma plataforma única nativa da nuvem, independentemente dos trilhos, geografias ou moedas. A Visa nos fornece apoio incomparável para expandir nossa presença globalmente e ajuda a moldar uma nova era de pagamentos e serviços bancários,” afirma Ricardo Josua, Fundador, CEO, Pismo.
Agora, a transação está sujeita a aprovações regulatórias e o fechamento do acordo para a compra da fintech está prevista para ser concluído ao final de 2023.
Além de Visa, confira outros destaques desta quarta-feira:
Nubank (NUBR33) recebe aval da CVM para fechar capital no Brasil; O que o investidor pode fazer agora?
- A Nu Holdings, controladora do Nubank (NUBR33), comunicou hoje (28) que o colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou o novo plano de descontinuidade do programa de BDRs Nível III da companhia.
- Assim, a CVM dá o aval para que o Nubank possa fechar seu capital no Brasil, conforme intenção já declarada pelo banco digital anteriormente, que precisava ainda desta aprovação para que pudesse descontinuar na Bolsa brasileira.
- A aprovação da CVM conforme decisão tomada nesta quarta-feira (28), em reunião realizada pelo colegiado, permite que as BDRs do Nubank deixem de negociar na Bolsa de Valores brasileira. Vale destacar que a empresa continua com suas ações sendo negociadas na bolsa de Nova York.
- Nesse sentido, continuarão sendo negociadas apenas as BDRs do Nubank de nível I, o que tira a necessidade da companhia de estar submetida às regras da Comissão de Valores Mobiliários.
Queda generalizada: casos de gripe aviária derrubam ações da BRF (BRFS3) e JBS (JBSS3) no Ibovespa
- As ações de empresas frigoríficas como JBS (JBSS3), BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3) caíram na tarde desta quarta-feira (28) no Ibovespa, após a confirmação na terça-feira (27) do primeiro caso de gripe aviária em uma criação doméstica de aves.
- No fechamento, as ações de JBS recuaram 4,22%, ao preço de R$ 16,34. As ações de frigoríficos caíam em bloco, na esteira da JBS. Confira:
- Marfrig (MRFG3): queda de 3,20%, a R$ 6,96;
- BRF (BRFS3): queda de 4,27%, a R$ 8,30;
- Minerva (BEEF3): queda de 3,25%, a R$ 10,12
- Em nota, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) lembrou que o status do Brasil segue como “livre de gripe aviária de alta patogenicidade” perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
- “A produção comercial segue sem registro (de casos)”, diz a ABPA. “Não se espera, portanto, que ocorram quaisquer alterações no fluxo das exportações brasileiras. Também não há qualquer risco ao abastecimento de produtos.”
- O Ministério da Agricultura confirmou o caso em uma produção de fundo de quintal no município de Serra, no Espírito Santo. No plantel em questão, havia pato, ganso, marreco e galinha, segundo a pasta, em nota.
- A ABPA elogiou, na nota, a “transparência e a manutenção do trabalho de excelência no monitoramento da enfermidade realizado pelo Ministério da Agricultura e pelas Secretarias de Agricultura dos Estados”. Acrescentou, ainda, que os protocolos sanitários mantidos pela avicultura industrial no Brasil “mantêm-se nos mais elevados padrões de biosseguridade, preservando as unidades produtivas perante a enfermidade”.
GPA (PCAR3): apesar de possível venda do Casino, banco eleva preço-alvo das ações; veja o motivo
- Apesar do Grupo Casino incluir o Grupo Pão de Açúcar, o GPA (PCAR3), em suas possíveis vendas de ativos em 2024, o BB Investimentos, nesta quarta-feira (28), elevou recomendação das ações para neutra, aumentando o preço-alvo de R$ 14 para R$ 19.
- Para a equipe do BB-BI, o novo preço do GPA incorpora os resultados do 1T23 do GPA, assim como dados macroeconômicos e outras premissas de crescimento e rentabilidade.
- No entanto, mesmo com a elevação do preço-alvo, existem inúmeras incertezas que os investidores precisam estar atentos, no que se refere a saída do Casino, recuperação de vendas, rentabilidade e continuidade do turnaround.
- “Enquanto esses pontos não forem endereçados, acreditamos que o papel deva permanecer sendo negociado próximo do patamar atual, razão pela qual elevamos nossa recomendação para neutra”, afirmam os analistas do BB.
Gigantes fecham mistas no Ibovespa: por que a Petrobras (PETR4) subiu e a Vale (VALE3) despencou?
- As ações de empresas ligadas a commodities, como Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3), tiveram um dia misto nesta quarta-feira (28) no Ibovespa. No caso da Petrobras, as ações acompanharam a forte alta do petróleo hoje, refletindo os dados de estoques do material que caíram mais do que o esperado. O resultado das gigantes do Ibovespa contribuíram para a queda hoje do índice, de 0,72%, aos 116.681 pontos – a terceira baixa consecutiva.
- Já em relação à Vale, a baixa da mineradora seguiu a queda no lucro das empresas industriais na China, de acordo com dados divulgados pelo Escritório Nacional de Estatísticas (NBS) do país, ainda que o minério de ferro tenha subido nesta quarta.
- No fechamento, as ações preferenciais de Petrobras subiram 0,95%, cotadas a R$ 30,89. Além da Petrobras, ações de petroleiras, como a PRIO (PRIO3), também encerraram a sessão em alta de 0,92%, aos R$ 36,35.
- As ações ordinárias da Vale terminaram o dia com baixa de 2,98%, a R$ 64,84. Além da Vale, as ações de mineradoras na Bolsa também caíam em bloco. Confira:
- CSN (CSNA3): queda de 2,29%, aos R$ 12,79;
- CSN Mineração (CMIN3): queda de 2,30%, aos R$ 4,29;
- Usiminas (USIM5): queda de 1,25%, aos R$ 7,13;
- Gerdau (GGBR4): queda de 1,42%, aos R$ 25,06;
- Metalúrgica Gerdau (GOUA4): queda de 1,74%, aos R$ 11,83.
Banco do Brasil (BBAS3): BTG espera alta de 20% nas ações e dividendos estáveis
- Em nova análise sobre as ações do Banco do Brasil (BBAS3), os especialistas do BTG Pactual reiteraram otimismo com a tese, recomendando compra para os papéis.
- O preço-alvo da casa para as ações do Banco do Brasil é de R$ 61 – hoje os papéis estão cotados a R$ 49,60 -, implicando em uma alta de pouco mais de 19%.
- Além disso, os dividendos do Banco do Brasil estimados para os próximos anos também ficaram em patamar estável, com projeções de dividend yield (DY) próximo dos 10% até o ano de 2025.
- “O BB está novamente pronto para registrar um forte crescimento de empréstimos no segundo trimestre, embora o segundo semestre de 2022 tenha sido difícil por causa dos comparativos. O ponto médio do guidance para 2023 sinaliza um lucro líquido de R$ 35 bilhões, representando um crescimento de 10% na base anual”, diz a casa.
- O BTG relata, como ponto de atenção, que o time de RI do BBAS3 destacou que embora as provisões expandidas possam se aproximar do limite superior do guidance, isso deve ser compensado pelo maior crescimento da margem líquida.
- Além disso, os especialistas apontam que a participação significativa do BB no setor do agronegócio deve impulsionar a carteira de crédito e mantê-la em um patamar superior.
- “O BB está superando o mercado em termos de crescimento da carteira, com crescimento de 18% na base anual no primeiro trimestre deste ano, ante cerca de 12% dos pares. O crescimento deve ser aceitável no segundo trimestre, perto da faixa superior do guidance deste ano 2023 (de 8% a 12%), que atribuímos à sua maior exposição ao crédito rural, uma vertical que superou outros setores este ano, apesar da queda nos preços das commodities”, destaca a casa.
- “Com o lançamento do novo Plano Safra, o banco espera conseguir mais linhas de crédito a preços mais baixos custos de financiamento, alimentando o crescimento dos empréstimos e as margens. Isso pois apesar de ostentar 52% de market share, o BB recebeu menos de 50% das linhas de crédito do Plano Safra no ano passado”, completa.
Da Visa ao Banco do Brasil, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.