A Vibra Energia (VBBR3) — antiga BR Distribuidora e uma das maiores companhias do segmento de distribuição de combustíveis do Brasil — anunciou nesta segunda-feira (4) a assinatura de um contrato para a aquisição de 50% do capital social da ZEG Biogás e Energia.
O conselho de administração da companhia aprovou recentemente a compra, que envolve, no fechamento do acordo, um aporte de R$ 30 milhões, além de uma parcela de R$ 129,5 milhões. A operação independe de votação em assembleia geral.
De acordo com apuração da agência de notícias Reuters, o acordo entre as companhias prevê também a possibilidade de compras futuras do capital da ZEG Biogás pela Vibra, que pode variar de 70% até a totalidade das ações.
Criada com o fim de produzir soluções inovadoras de biogás e biometano para a substituição do uso do gás natural convencional e outros combustíveis fósseis, como óleo diesel e o GLP, a Zeg Biogás e Energia — que é subsidiária ZEG Energias Renováveis S.A. e FSL Consultoria Empresarial — realizará a captação e tratamento de biogás de aterros sanitários assim como a biodigestão de diferentes tipos de resíduos agroindustriais, como a vinhaça da cana de açúcar, para desenvolver um produto comercial e ambientalmente viável.
Segundo a compradora, a companhia possui o potencial para produzir mais de dois milhões de metros cúbicos de gás por dia em até cinco anos.
Além dos valores da aquisição, a Vibra se comprometeu a aportar até R$ 412 milhões nas tecnologias pelos próximos cinco anos para desenvolver novos projetos.
“Estes aportes serão condicionados à efetiva implantação dos projetos de expansão e observância de condições mínimas de atratividade estabelecidas em contrato para cada projeto”, disse a compradora em comunicado.
Segundo o comunicado divulgado pelas empresas em fato relevante, a aquisição de uma fatia importante da Zeg Biogás “complementa a plataforma de produtos e serviços renováveis da Vibra, reforçando a posição de relevância da Companhia no processo de transição e descarbonização da matriz energética brasileira, por meio da ampliação da oferta de energia mais limpa, renovável e sustentável”.
Resta ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) dar o seu aval ou não à operação da Vibra.
Além da Vibra Energia, confira outros destaques desta segunda-feira:
Eletrobras (ELET3) e Isa CTEEP (TRPL4) querem reverter medida da Aneel que reduz indenização bilionária às elétricas
- A Eletrobras (ELET3) e a Isa CTEEP (TRPL4) informaram nesta segunda-feira (4) que estão avaliando ações para reverter uma medida cautelar da Aneel.
- As companhias apontaram que o impacto no cálculo de indenizações seria de cerca R$ 30 bilhões, montante devido às concessionárias de transmissão de energia elétrica.
- A medida cautelar pode reduzir o saldo devedor das indenizações em cerca de R$ 2,4 bilhões, conforme cálculos de uma nota técnica.
- A decisão veio por parte de um diretor da Aneel, Efrain Cruz. Ele decidiu, monocraticamente, atender ao pleito de uma associação para suspender a eficácia de uma resolução de 2017 da agência.
- Os critérios e valores para pagamentos de indenizações às transmissoras que renovaram seus contratos antecipadamente em 2013 estavam na resolução. Além disso, esses valores são cobrados em tarifas nas contas de luz, sendo então pagas por consumidores.
- O diretor da Aneel determinou um recálculo de parte da dívida, afirmando que havia um erro por parte da Aneel a respeito de atualizações financeiras dos valores, com “excesso indevido de capitalização de juros sobre o fluxo de caixa da parcela financeira”.
- Essas indenizações às transmissoras de energia são conhecidas no setor por “Rede Básica Sistema Existente”, ou RBSE. Os valores são pagos a um grupo de nove concessionárias, controladas principalmente pela Eletrobras e Isa CTEEP.
- O caso já se estende há muitos anos, e foi alvo de ações da Justiça. Em 2017, a Aneel afirmou reconhecer que as indenizações deveriam compor a base de remuneração de determinadas transmissoras. Porém, ainda era discutido o cálculo do componente financeiro da RBSE.
- Em abril de 2021, a Aneel finalizou a discussão a respeito da remuneração do componente financeiro, mas reprogramou os pagamentos às transmissoras com a pressão tarifária na época.
- A curva de pagamentos dos ciclos de 2021 e 2022 sofreu uma redução e um aumento no fluxo após 2023, o que é possível enxergar nos resultados trimestrais contábeis das transmissoras.
- O tema retornou ao centro das ações após a divulgação, em junho, de uma nota técnica da Aneel a respeito da recomendação da mudança no tratamento do componente financeiro da RBSE.
- Com a alteração, calculava-se que o saldo devedor total cairia de R$ 33,92 bilhões para R$ 31,52 bilhões, com data-base de julho de 2020.
- Em comunicado, a Isa CTEEP disse, por meio de seus assessores legais, “que está atuando para garantir o exercício do contraditório e ampla defesa de seus direitos”.
- Já a Eletrobras apontou que a matéria ainda deve ter seu mérito analisado e deliberado pela diretoria da Aneel, e disse que está “acompanhando e atuando em relação à questão”.
Weg (WEGE3) anuncia investimento para produzir maior aerogerador no país
- A Weg (WEGE3) anunciou nesta segunda (4) o investimento na produção do que deve ser o maior aerogerador em operação para o mercado brasileiro. As informações são do Valor Investe.
- Diferente da plataforma de 4,2 MW fabricada atualmente pela Weg, que se destaca pelo foco nas especificidades de vento e condições climáticas do Brasil, o novo aerogerador tem potência de 7 megawatts (MW) e 172 metros de diâmetro de rotor, com características adaptadas para também atender outros mercados.
- O anúncio vem em meio a uma onda de investimento da empresa em desenvolvimento, engenharia, testes e validação da tecnologia, assim como em ativos para fabricação e instalação desses equipamentos.
- A fabricação dos novos aerogeradores acontecerá inicialmente no Brasil, no parque fabril de Jaraguá do Sul (SC), onde a empresa já produz esses equipamentos e tem um centro de operações eólico que realiza o monitoramento e a análise de sua frota no país.
- Conforme o melhor cenário, o protótipo do novo aerogerador deve entrar em operação no início de 2024 e a produção seriada deve começar no ano seguinte.
BB-BI fica com pé atrás com brMalls (BRML3), corta preço-alvo e rebaixa recomendação
- O BB-BI revisou o valuation do brMalls (BRML3) e decidiu cortar o valor do preço alvo, indo de R$ 12,20 para R$ 9,50 até o final de 2022.
- Além disso, os analistas rebaixaram a recomendação da ação do brMalls para neutra.
- Em relatório divulgado nesta segunda-feira (4), o BB-BI afirma que a revisão vem a partir da incorporação dos resultados referentes ao quatro trimestre de 2021 (4T21) e o primeiro trimestre de 2022 (1T22), e também com a atualização das premissas macroeconômicas.
- “Apesar de esperarmos que a companhia apresente melhores resultados ao longo do segundo semestre de 2022, com a retomada integral do fluxo de pessoas para os shoppings, ainda há diversos pontos de dúvida quanto à configuração da companhia após a conclusão da combinação de negócios com a Aliansce Sonae, em especial em relação às potenciais sinergias e eventuais remédios a serem aplicados pelo Cade para aprovação da transação”, afirma o relatório.
- Dentro desse contexto, o BB-BI também considera que a maior exposição do brMalls a classes sociais mais afetadas pela inflação pode afetar a expectativa de recuperação de vendas e rentabilidade ao longo do semestre, e por isso “optamos por adotar maior cautela neste momento”, conforme os analistas.
- A análise do banco de investimentos também destaca que os ativos do brMalls acumulam uma queda de 7% desde o início do ano, superior à queda do Ibovespa no mesmo período.
- “Ao nosso ver, esse desempenho reflete a piora de percepção de risco por parte dos investidores, que têm optado por papéis com forte geração de caixa, pagadores de dividendos e expostos a classes sociais mais altas (mais resilientes à inflação)”, diz o texto.
- O posicionamento do BB-BI é continuar monitorando as incertezas sobre o brMalls, atualmente atreladas ao cenário macroeconômico doméstico, “com a taxa Selic arrefecendo a atividade, por um lado, e os estímulos econômicos impulsionando, por outro”.
Blau Farmacêutica (BLAU3) pagará R$ 39,5 milhões em JCP; veja valor por ação
- A Blau Farmacêutica (BLAU3) anunciou nesta segunda-feira (4) que vai remunerar seus investidores, pagando Juros Sobre Capital Próprio (JCP) no total de R$ 39,5 milhões.
- A empresa explicou, em fato relevante, que os JCP serão divididos em dois valores: R$ 28,6 milhões, referente ao primeiro trimestre de 2022, e R$ 10,9 milhões referentes ao segundo, que terão o valor por ação e data de pagamento anunciado posteriormente.
- O valor dos proventos por ação será de R$ 0,15, referente ao lucro do 1T22 da Blau, que serão pagos em 15 de julho.
- Apenas os investidores com ações da Blau Farmacêutica no dia 07 de julho terão direito de receber os rendimentos. A partir do dia 08 de julho, as ações serão negociadas sem direito aos dividendos.
- Segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), esses proventos fazem parte dos dividendos obrigatórios do exercício de 2022.
- O valor dos JCP terá retenção do imposto de renda na fonte, com alíquota de 15%, resultando em aproximadamente R$ 0,13 por ação.
- A operadora de saneamento Aegea também afirmou que vai pagar R$ 22,2 milhões em dividendos intercalares aos seus acionistas, com valores de R$ 20 milhões a Verona Saneamento e R$ 2,260 milhões à Itaúsa (ITSA4).
Da Vibra Energia à Blau Farmacêutica, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.
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